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ESG na mineração, pessoas e municípios

  • D
  • Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2022 às 06:00

. Crédito: Foto: Imas Pereira/CORREIO

Depois de dois anos paralisada pela pandemia, a Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC), principal voz da comunidade internacional de exploração e desenvolvimento mineral, representando mais de 5.500 membros no mundo, realizou presencialmente a Convenção PDAC 2022, em Toronto (Canadá), entre 13 e 15 de junho, reunindo pessoas, governos, empresas e organizações, mostrando um setor mineral competitivo, inovador e focado na sustentabilidade local como resultado.

As conversas de Toronto, sobre como a Governança Socioeconômica e Ambiental - ESG (destaco socioeconômico como fidúcia para a sustentabilidade) precisam estar em todos os níveis da organização e em todas as etapas da cadeia de valor, revelam impactos, positivos e negativos, nas localidades. Os investidores, atentos à nova governança, estão cuidadosamente olhando para as pessoas e municípios, onde a mineração acontece na realidade, e entendendo que, qualquer ação global, precisa ser, antes, local.

Assistindo as conversas, as principais agências de risco do mundo, Standard & Poors, Moody`s e Fitch, seguidas das chamadas ´big four´, maiores empresas de auditoria e governança global, PwC, Delloite, Ernst Young e KPMG, observam empresas nas bolsas de valores que, por sua vez, exigem relatórios ESG para avaliarem a performance das mineradoras nos municípios, vigiando compliances e atribuindo notas. Nessa era ‘metaversa da eco-nomia digital, os algoritmos da inteligência artificial analisam até imagens de drones, pilotados por satélite, em cavas, minas e biotas municipais.

Alinhado ao movimento global, Mark Cutifani, CEO global da Anglo American, uma das maiores empresas mineradoras do mundo, acrescenta: “Nosso papel, como membro do setor privado, é apoiar nossos governos anfitriões no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso significa não deixar ninguém para trás”. Seu CEO no Brasil, Wilfred Bruijn, preside o Conselho do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

No Brasil, a mineração já deu o novo tom. “O setor mineral, e o IBRAM, estão focados no ESG e seguem os ODS como plataforma de ação”, afirmou o Raul Jungmann durante o “II Fórum de Inovação e Sustentabilidade na Mineração”, realizado pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), com apoio da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB) e do WWI. Neste atual cenário, a “Certidão Social”, ágrafa e metaversa, outorgada pelo cidadão, talvez seja hoje a mais importante entre todas as certidões exigidas.

Com a experiência de ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, da Defesa e da Segurança Pública, ex-deputado federal e atual presidente do IBRAM, a longa vivência política e a inteligência arguta, dotaram o Jungmann com visão estratégica para perceber as rápidas mudanças nos cenários e rastrear tendências das inovadoras regras ‘eco-nométricas’, onde a reputação das empresas - um ativo sensível, valioso e metaverso - precisa ser cuidadosamente preservado.

Na Bahia, a cinquentenária CBPM, em mutação, adotou os ODS em 2019, transformando-se em ‘Agência de Fomento à Mineração’. Um dos marcantes avanços está no ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura), incentivando a utilização de rejeitos da mineração - que abundam, impactando áreas dos municípios -, em insumos para a agricultura e infraestrutura. Um recurso precioso, já estudado pela Embrapa e outros centros de pesquisa, à disposição do país.

Com incentivo da CBPM, do IBRAM, do SENAI-CIMATEC e do WWI, está sendo conceituado um Startup Hub Metaverso, focado nos ODS/ESG, estrategicamente articulado com o PDAC, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - OCDE (oecd.org), os Principles for Responsable Investments (unPRI.org), a Embrapa e a Universidade Corporativa (UNIBRAM); para servir mais e melhor as pessoas, as empresas e aos municípios minerários, que ficam com 60% da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), e podem, assim, gerar conhecimentos e rendas novas para o desenvolvimento socioeconômico sustentável local.

Eduardo Athayde é diretor do WWI Brasil [email protected]

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