Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Estúdio Correio
Publicado em 10 de junho de 2024 às 06:00
Com pouco mais de três meses de operações em Salvador, o Hospital Ortopédico do Estado, sob a gestão da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, já mostrou seu potencial para responder à maior demanda médica de urgência e emergência da Bahia: os atendimentos ortopédicos. Em 90 dias, foram realizados 10.900 atendimentos de traumatologia, ortopedia e medicina desportiva, 840 cirurgias, 10.029 consultas ambulatoriais, 1.196 atendimentos em reabilitação e 7.153 exames de imagem. >
Segundo o governo estadual, a atuação do hospital reduziu em 62,5% o tempo na fila de espera por vagas de internação na especialidade, e já é o menor dos últimos doze meses. No início do ano, cerca de 13 mil pacientes aguardavam, em toda a Bahia, por consultas e cirurgias ortopédicas eletivas. Atualmente, o hospital realiza, em média, 23 cirurgias por dia. “Temos muitas pessoas no estado necessitando de cuidados em ortopedia de urgência”, destaca Roger Monteiro Alencar, médico e diretor do Hospital Ortopédico. Na Bahia, cerca de 60% de todas as internações em UTIs são causadas por acidentes envolvendo motocicletas. “É um problema de saúde pública importante no estado. Ao trazer a forma de trabalho e conhecimento do Einstein, oferecemos a possibilidade de tratamentos mais rápidos e eficientes, somando esforços à toda rede hospitalar que a Secretaria de Estado da Saúde baiana já possui”, pontua. >
O Hospital Israelita Albert Einstein é reconhecido como o melhor hospital da América Latina e o 28º melhor do mundo, segundo ranking da World’s Best Hospitals, da revista Newsweek. É ainda o 24º melhor hospital do mundo em Ortopedia e Reumatologia, e o melhor da América Latina na especialidade, também segundo ranking da Newsweek. >
Ao todo, o hospital possui 212 leitos, dos quais 144 dedicados à traumatologia e ortopedia, e os demais divididos entre terapia intensiva, clínica geral, cirurgia ortopédica pediátrica e hospital dia. Um parque tecnológico de altíssima qualidade permite a realização de exames de imagem como ressonância magnética, tomografia e raio-X tanto nos atendimentos emergenciais como eletivos. >
Além das consultas e cirurgias, outro serviço considerado inovador para a região é o transplante ósseo, um procedimento que não é realizado com frequência por falta de centros especializados no estado baiano. “Consideramos muito positivo que o hospital tenha a estrutura necessária para manipular esse tipo de tecido e realizar o transplante com alta qualidade”, afirma Matheus Lemos Azi, ortopedista especialista em traumatologia e cirurgia do joelho, do Hospital Ortopédico do Estado. >
Segundo Roger Monteiro Alencar, além dos pacientes encaminhados para cirurgia, há também aqueles que necessitam de acompanhamento e cuidados ambulatoriais. “Essa é uma demanda crescente no Estado e que nós também estamos endereçando ao oferecer especialistas em diversas áreas da ortopedia”, diz o diretor. >
De fato, a ortopedia é uma das áreas mais amplas da medicina, com um leque de subespecialidades que envolvem, por exemplo, clínica ortopédica, cirurgia de articulações (tornozelo, joelho, cotovelo, quadril) e coluna, além de ortopedia infantil – serviços oferecidos no Hospital Ortopédico. “É uma operação enorme, mas conseguimos reunir todas as subespecialidades da ortopedia em um único lugar, o que é um diferencial muito importante”, afirma Matheus Azi. >
Além do acompanhamento ambulatorial e das cirurgias, o hospital também conta com especialistas em reabilitação, fornecendo, assim, uma jornada de cuidado completa ao paciente e com especialistas multidisciplinares, como fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos. “Depois de fazer a cirurgia, o paciente é reavaliado no ambulatório após a alta hospitalar para o devido acompanhamento e segue na reabilitação nos casos indicados, para, só então, ter alta da unidade”, explica Roger. “É um olhar global para o paciente.” >
O Hospital Ortopédico do Estado é o quarto hospital público do país e a primeira unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) no Nordeste sob gestão do Einstein. Com mais de 20 anos de parceria com o sistema público, o Einstein trabalha para ajudar a transformar a saúde do Brasil, promovendo maior equidade no acesso à qualidade. >
“Não há como pensar em transformar o sistema de saúde sem olhar para mais de 200 milhões de pessoas, das quais 80% dependem exclusivamente do SUS”, explica o presidente do Einstein, Sidney Klajner. “O SUS é um exemplo para o mundo, mas as organizações privadas podem e devem contribuir com a sua expertise nas áreas assistencial, de gestão e capacitação, de pesquisa, ensino e no uso de tecnologias.” >
O Einstein, que possui hoje 29 unidades privadas, entre hospitais, unidades avançadas e clínicas, também é responsável pela gestão de 35 unidades públicas, que incluem hospitais, unidades básicas de saúde (UBS) e unidades de pronto atendimento (UPAs), entre outros. Além do Hospital Ortopédico, o Einstein administra o Hospital Municipal M’Boi Mirim - Dr. Moysés Deutsch e o Hospital Municipal Vila Santa Catarina - Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, ambos em São Paulo; e o Hospital Municipal Iris Rezende, em Aparecida de Goiânia, Goiás. >
“Nossa atuação no sistema público se insere dentro do compromisso do Einstein de oferecer à população brasileira uma referência em qualidade assistencial que possa transformar a vida das pessoas pelo cuidado em saúde, pela excelência das atividades e pelo conhecimento que é gerado”, ressalta Luciana Borges, diretora de Cuidado Público do Einstein. >
Nos hospitais M’Boi Mirim e Vila Santa Catarina, a excelência, qualidade e segurança são reconhecidas por meio da acreditação de Excelência (nível 3) da Organização Nacional de Acreditação (ONA), que atesta padrões nacionais hospitalares. >
Os impactos positivos podem ser vistos na prática. No M’Boi Mirim, a recente implementação do Centro de Controle Operacional (COO), que gerencia em tempo real informações sobre taxa de ocupação do hospital, conseguiu reduzir pela metade o tempo médio de liberação de leitos. Já no Vila Santa Catarina, o Centro de Diagnóstico e Tratamento Avançado em Oncologia Bruno Covas, inaugurado em 2022, já realizou mais de 200 procedimentos robóticos com tecnologia fornecida pelo Einstein. Em Goiás, nos primeiros 6 meses de gestão Einstein, o HMAP conseguiu zerar as filas da UTI e dobrar a capacidade de atendimento dos leitos. >
No caso do novo Hospital Ortopédico do Estado, em Salvador, o Einstein está comprometido em usar todo o conhecimento da organização na especialidade em benefício da população local. “Temos uma grande interface com secretarias municipais e estaduais, e tivemos contato com o projeto robusto do novo hospital em Salvador, que viria a atender uma importante necessidade da população: cirurgias ortopédicas”, lembra Borges. >
O Einstein logo compreendeu a importância da implantação daquele tipo de atendimento na região, segundo a diretora. “O propósito do Einstein se conectou com o novo hospital.”>