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Estúdio Correio
Publicado em 12 de março de 2024 às 06:00
O avanço da medicina e a melhora das condições de vida têm proporcionado às pessoas viver mais. De 2020 para 2021, por exemplo, a expectativa de vida no Brasil aumentou de 76,8 para 77 anos; há 11 anos, era de 74,1 anos. O reflexo disso é que o país vem passando por um aumento relevante da população idosa nas últimas décadas. Entre 2012 e 2022, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais na população subiu de 11,3% para 15,1%. Na Bahia, os dados do último Censo realizado registram um aumento de 48,5% na população idosa, entre 2010 e 2022. De acordo com o IBGE, a população com 65 anos ou mais saltou, nesse período, de 7,2% para 10,6%. >
Hoje, sem dúvida alguma, temos a oportunidade de desfrutar por mais tempo o carinho dos nossos entes queridos. Mas não basta apenas viver mais, é preciso também ter qualidade de vida, pois o avançar da idade costuma trazer diversos impactos à saúde, como aumento da incidência de doenças crônicas, perda de mobilidade e de massa muscular. O envelhecer exige um zelo especial, porém nem sempre as famílias estão preparadas para lidar com as restrições que a idade impõe ao parente. “Esse cuidado exige um conhecimento sobre as necessidades do idoso, para proporcionar a ele uma velhice com qualidade de vida”, explica Luiz Paulo Tostes Coimbra, presidente da Unimed Nacional.>
A realidade do idoso, apontada por Luiz Paulo, é um desafio constante para o responsável, pois exige preparo, condições psicológicas, bem como recursos materiais para oferecer o atendimento necessário. Por isso, a cooperativa promove, há oito anos, um curso gratuito de para formação de cuidadores de idosos, em parceria com a Faculdade Unimed. “Isso foi pensado para capacitar as pessoas para que possam zelar de forma digna por seus entes amados”, ressalta. Os participantes têm aulas com profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. As aulas são online, com carga de 84 horas. A grade do curso aborda temas como envelhecimento, alimentação, segurança do paciente, doenças e autonomia do idoso. Aqueles que são aprovados na avaliação, recebem o certificado. Desde 2014, mais de nove mil pessoas já fizeram o curso.>
Oportunidade de trabalho>
Nos últimos dois anos, a Unimed percebeu uma mudança no perfil de quem busca o curso. Se antes o perfil era principalmente de pessoas que queriam prestar o auxílio adequado aos seus parentes, atualmente há quem veja no curso uma possibilidade de entrar ou até de retornar ao mercado de trabalho. Em uma pesquisa de satisfação realizada no ano passado, com mais de 800 pessoas, 66% responderam que o curso abriu portas para colocação profissional. >
Mesmo sem ter sido a ideia inicial, o curso oferece uma qualificação gratuita que permite ao profissional buscar oportunidades em uma área com demanda crescente, justamente pela questão do envelhecimento da população. A percepção de quem trabalha no setor é de que a demanda por serviços de saúde deve crescer ainda mais nos próximos anos. Um reflexo desse cenário, é que a saúde foi um dos poucos setores que fechou os últimos anos, mesmo com a crise econômica provocada pela pandemia, com saldo positivo na geração de empregos. A área responde por mais de 2,6 milhões de empregos de carteira assinada no país. “É um orgulho saber que o curso tem feito a diferença na vida das pessoas, pois vai ao encontro da razão de ser do cooperativismo: contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da sociedade”, celebra Luiz Paulo. >
As inscrições para o curso de cuidador de idosos podem ser feitas neste link.>