CNI aponta caminhos para a nova indústria

Mapa Estratégico da CNI traça um planejamento em longo prazo para o desenvolvimento do setor no país

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Publicado em 25 de maio de 2024 às 06:00

Esforços em prol da tecnologia e inovação têm potencial de fazer crescer a produtividade da economia brasileira Crédito: Foto: FreePik

Qual será o cenário da indústria brasileira nos próximos anos? De acordo com o Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032, lançado em outubro do ano passado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor estará fortalecido por uma década de ações transformadoras implementadas por parte do governo e do setor privado.

Segundo o documento, que traça um planejamento estratégico em longo prazo para a indústria nacional, o Brasil aproveitará as oportunidades de inserção internacional com as mudanças que marcaram o início da década de 2020, com protagonismo nas agendas de descarbonização e digitalização.

“Nessa direção, a indústria brasileira se tornará mais global, adaptada às diferentes demandas e regulamentações dos mercados internacionais”, reforça o estudo da CNI. Apoiado por políticas de desenvolvimento produtivo e de inovação, o setor também apresentará soluções ao mundo nas áreas de energias renováveis, bioeconomia e economia circular.

Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032 Crédito: Reprodução CNI

  1. Ambiente de negócios: promover um ambiente de negócios que favoreça o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável passa pela garantia de instituições – incluindo segurança pública e defesa do Estado – regramentos estáveis, transparentes e previsíveis, bem como pela capacidade de formulação de instrumentos eficientes para resolução de conflitos.
  2. Ambiente econômico: um ambiente econômico estável, favorável aos investimentos e ao desenvolvimento de negócios tem grande influência sobre o desenvolvimento econômico de um país. A construção desse ambiente econômico positivo passa, fundamentalmente, pelo alinhamento de políticas macroeconômicas e de desenvolvimento às melhores práticas internacionais, bem como pela modernização de políticas microeconômicas, tornando-as mais eficientes e conferindo maior segurança jurídica aos agentes econômicos.
  3. Baixo carbono e recursos naturais: a transição para uma economia de baixo carbono, baseada na redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e no uso eficiente de recursos naturais, é fator essencial para o posicionamento da indústria brasileira como liderança na agenda nacional e global de sustentabilidade.
  4. Comércio e integração internacional: A integração da economia brasileira ao comércio internacional possibilita a ampliação do mercado para os produtos domésticos, ao mesmo tempo que promove a diversificação das oportunidades de negócios, estimula a inovação e expande o intercâmbio de conhecimento e tecnologia.
  5. Desenvolvimento humano e trabalho: para a indústria, promover o trabalho e o desenvolvimento humano representa a modernização do setor, estabelecendo um ambiente propício para a atração de investimento, promoção de inovações e para a construção de um futuro sustentável.
  6. Desenvolvimento produtivo, tecnologia e inovação: o direcionamento de esforços públicos e privados em prol do aprimoramento das propostas de iniciativas de Desenvolvimento produtivo, Tecnologia e Inovação tem potencial de fazer crescer a produtividade da economia brasileira, aumentando a competitividade do setor e gerando benefícios socioeconômicos para a indústria e o conjunto da economia brasileira.
  7. Educação: a educação, quando alinhada às demandas da indústria, desempenha papel transformador para a modernização e o desenvolvimento industrial brasileiro, impulsionando a competitividade e a produtividade do país.
  8. Infraestrutura: fortalecer e expandir a infraestrutura nacional permite que o país crie bases sólidas para catalisar seu progresso, atrair investimentos e alcançar um desenvolvimento pleno e duradouro.

Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032 Crédito: Reprodução CNI

Coordenação

Na visão da CNI, há ainda o desafio constante de coordenação e governança para a efetiva implementação de todas essas medidas, as quais dependem do trabalho conjunto e harmônico entre os setores público e privado. Nesse sentido, a entidade observa a necessidade de organização e diálogo, de forma a garantir o bom cumprimento das políticas.

“Continuaremos atuando e apoiando ativamente os setores produtivos, a ecoinovação e a neoindustrialização do Brasil. Uma indústria nacional forte, produtiva e competitiva é, inquestionavelmente, a base de um país independente, e mais próspero, justo e sustentável para todos os seus habitantes”, defende a Confederação Nacional da Indústria.

O projeto Indústria Forte é uma realização do Jornal CORREIO com o patrocínio da Neoenergia, Unipar, Tronox, Suzano e Ferbasa, parceria da Braskem, apoio institucional da FIEB e Sebrae e apoio da Wilson Sons.

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