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Transição energética em movimento

Iniciativas dos setores público, privado e de cidadãos priorizam fontes de energia renovável ao invés de combustíveis fósseis

  • Foto do(a) author(a) Estúdio Correio
  • Foto do(a) author(a) Murilo Gitel
  • Estúdio Correio

  • Murilo Gitel

Publicado em 29 de julho de 2025 às 06:00

Frota elétrica economiza, em média, 50 litros de combustível semanalmente, por cada veículo
Frota elétrica economiza, em média, 50 litros de combustível semanalmente, por cada veículo Crédito: Divulgação/Power Engenharia

Quando a empresa em que o engenheiro civil Eliezer Meira, 38 anos, trabalha decidiu trocar a frota movida à combustão por veículos elétricos, muito mais do que apenas abraçar uma tecnologia moderna, ela passava a tomar parte ativa na transição energética, um processo de transformação global que já se reflete no dia a dia das pessoas.

No caso de Eliezer, a jornada foi concreta: com energia solar própria e pontos de recarga instalados na empresa, a frota elétrica passou a rodar a custo reduzido, com menos ruído e zero emissões diretas. “É um caminho sem volta. Chegamos a economizar, em média, 50 litros de combustível por veículo, semanalmente. Falar de carro elétrico é falar de eficiência energética, de redução de ruídos e de menos óleo contaminando o solo. A diferença é real”, destaca Meira.

A chamada transição energética pode ser definida como a mudança no modo como produzimos e consumimos energia, o que é possível com a redução dos combustíveis fósseis (como petróleo, carvão e gás) e a adesão a fontes renováveis e de baixo carbono, como solar, eólica e biomassa. Essa migração também envolve a melhora na eficiência, o uso inteligente da eletricidade e a redução de emissões de gases de efeito estufa.

E essa não é só uma história isolada. De acordo com o relatório Global Electricity Review 2025, mais de 40% da eletricidade mundial do ano passado já foi gerada por fontes de baixa emissão, com a energia solar crescendo 29% naquele ano, seu maior salto em seis anos. Dessa forma, a adoção de energias renováveis cresce em ritmo acelerado.

De promessa à realidade

A transição energética, assim, já deixou de ser uma promessa para virar realidade nas ruas, nos prédios, telhados e em cada escolha consciente de consumo. E cada um de nós pode contribuir com atitudes que refletem esse novo paradigma.

“Basta olhar do alto e ver a quantidade de telhados cobertos por painéis solares. Isso mostra que essa transformação não é mais uma promessa de futuro, mas uma realidade concreta”, reforça o consultor em Sustentabilidade e ESG da AC Consultoria, Augusto Cruz.

Fachada verde e telhado da sede do prédio da Secis, no Comércio
Fachada verde do prédio da Secis, no Comércio Crédito: Marcelo Gandra
Telhado do prédio da Secis, no Comércio
Telhado do prédio da Secis, no Comércio Crédito: Marcelo Gandra

A transição no cotidiano

Em Salvador, alguns prédios sustentáveis demonstram como a arquitetura também é capaz de se adaptar à transição energética. Um bom exemplo é a sede da Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência e Bem-estar e Proteção Animal (Secis), inaugurada há cerca de cinco anos no bairro do Comércio.

Parte do consumo de energia do edifício é gerada a partir de um sistema que conta com 34 painéis solares fotovoltaicos instalados no terraço, gerando 1.428,269 kW por mês, o que evita a emissão de 421,55 kg de CO2 em um ano.

“Começamos a planejar essa mudança em 2018. Trata-se de um prédio antigo. A ideia era que ele refletisse, na prática, o que a Secretaria defende, por meio de tecnologias que reduzem o consumo de energia e possibilitam sua geração própria, aumentam o conforto térmico com a iluminação natural e, principalmente, viesse a inspirar outros prédios da cidade se conectando com os tempos atuais”, explica o vereador André Fraga, que à época era o secretário titular da Secis.

Augusto Cruz: ações simples fazem a diferença
Augusto Cruz: ações simples fazem a diferença Crédito: Divulgação

E o que cada pessoa pode fazer?

Além de iniciativas governamentais e do setor privado, a transição energética também passa por decisões do dia a dia. Para Augusto Cruz, “ações simples como trocar lâmpadas por modelos LED, reduzir o uso de ar-condicionado nos horários de pico e desligar aparelhos da tomada são atitudes que fazem diferença no consumo e no bolso”.

O consultor reforça, ainda, o poder da mobilidade compartilhada: “Fazer rodízio de carros com colegas, utilizar transporte público ou adotar a bicicleta são práticas que reduzem a emissão de gases e ainda economizam combustível”.

Os pequenos negócios também têm papel importante. “O Sebrae oferece ferramentas para ajudar o empreendedor a melhorar a eficiência energética da sua empresa, o que gera impacto financeiro e ambiental positivo”, lembra Augusto Cruz.

Como participar da transição energética?

Conheça quatro atitudes que contribuem para acelerar a transição energética:

1) Trocar lâmpadas por modelos LED, mais econômicos; 

2) Instalar energia solar (individualmente ou por meio de cooperativas);

3) Usar transporte coletivo, bicicleta ou carros elétricos;

4) Optar por empresas que usam energia limpa e tenham compromisso climático.

A transição energética já está em curso, e cada pequena escolha individual ajuda a acelerar o processo. O futuro da energia está, cada vez mais, na palma da nossa mão. Basta saber onde conectar.

O projeto Transição Energética é uma realização do jornal Correio, com patrocínio do Sebrae, Tronox e Unipar.