Companhias investem no Fomento à inovação e tecnologia

Investimento em pesquisa, ciência e tecnologia é vital para que as indústrias se mantenham competitivas

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Publicado em 25 de maio de 2024 às 06:00

Tronox investe em tecnologia de ponta em sua fábrica na Bahia Crédito: Foto: Divulgação/Tronox

Para impulsionar a produtividade e a competitividade das empresas brasileiras é necessário investir em pesquisa, ciência e tecnologia. Com base nisso, programas de incentivo à inovação, parcerias público-privadas e desenvolvimento de clusters tecnológicos são essenciais para promover produtos e processos inovadores.

Na Bahia, a fábrica de dióxido de titânio da Tronox envolve a aplicação de alta tecnologia, com emprego de qualidade e formação de profissionais de alto nível. A unidade fabril também é peça importante na cadeia de suprimentos na região, sendo grande cliente de pequenas, médias e grandes empresas, além de ser uma das companhias que mais movimentam o Porto de Aratu.

A empresa envia seus produtos principalmente para o estado de São Paulo, mas também é a maior fornecedora em grande volume do pigmento para um importante produtor local de masterbatch (principal matéria-prima para plásticos) localizado no Centro Industrial de Aratu.

Carlos Alfano, diretor Industrial da Braskem na Bahia Crédito: Foto: Divulgação

Machine learning

A Braskem está constantemente investindo em iniciativas inovadoras que otimizem a sua operação e garantam mais competitividade. Nos últimos anos, a companhia implementou diversas ações de modernização das plantas em Camaçari, a exemplo do Projeto Multivariate Process Analysis (ProMV). A iniciativa otimiza o consumo energético dos fornos de pirólise, equipamentos chave na operação das centrais petroquímicas, e principais responsáveis pelo consumo de energia na indústria.

Outra ação de destaque é a Central Preditiva com machine learning, que utiliza técnicas de monitoramento de variáveis dos equipamentos, correlacionando diferentes comportamentos com sintomas de falhas, com o objetivo de prevenir perdas, indisponibilidade dos equipamentos e sistemas produtivos. “A partir deste monitoramento é possível aprender com falhas anteriores e evitar novas ocorrências”, observa o diretor Industrial da Braskem na Bahia, Carlos Alfano.

Modernização

A Unipar realizará uma modernização tecnológica em sua planta de Cubatão (SP), em uma iniciativa cujos investimentos ultrapassam R$ 1 bilhão. A implementação do projeto tem conclusão prevista para o final de 2025, com a substituição das tecnologias de mercúrio e diafragma por membrana para a produção de cloro e soda.

Dessa forma, a Unipar reduzirá em 70 mil toneladas sua emissão de CO2 por ano, além de gerar menos resíduos sólidos, consumir menos energia (vapor e elétrica) e simplificar as operações no local. “Estamos investindo no que há de melhor no mundo e teremos retorno com redução de custos fixos e variáveis, uma operação mais ágil e ainda vamos produzir uma soda com qualidade superior”, explica Rodrigo Cannaval, CEO da Unipar.

Resíduos

Em Mucuri (BA), o reaproveitamento de resíduos orgânicos tem feito a diferença. Uma iniciativa da Suzano já economizou R$ 1,2 milhão em custos de disposição no aterro sanitário e fortaleceu a economia local, gerando empregos e fornecendo um produto de alto valor para o agronegócio.

"A Unidade Mucuri colaborou com a AgroCP para desenvolver uma tecnologia inovadora de compostagem, introduzida em 2021. Em 2023, 100 mil toneladas de resíduos foram aproveitados na fabricação de composto orgânico, resultando em uma redução de 50% nos resíduos enviados a aterros, comparado a 2020"

Heverton Dias
Gerente executivo industrial da Suzano na Unidade de Mucuri
Wilson Sons opera o Tecon Salvador Crédito: Foto: @pontodevista_drones

Hub marítimo

Maior operadora de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, a Wilson Sons integra, desde 2022, o Cubo Maritime & Port, primeiro hub focado em tornar as operações portuárias e o transporte aquaviário de carga na América Latina mais eficientes, seguros, sustentáveis e íntegros, por meio da inovação.

O hub, que também é formado por Cubo Itaú, Porto do Açu, Hidrovias do Brasil e Radix, lançou um manifesto em março deste ano direcionado ao governo, empresas, academia, centros de pesquisa e startups, com o objetivo de identificar gargalos e propor soluções para a inovação marítima.

“Queremos incentivar o debate qualificado sobre um tema de importância capital para o Brasil: a urgência de impulsionar o ecossistema nacional de inovação no setor marítimo, portuário e hidroviário”, explica o diretor de Transformação Digital da Wilson Sons, Eduardo Valença.

O projeto Indústria Forte é uma realização do Jornal CORREIO com o patrocínio da Neoenergia, Unipar, Tronox, Suzano e Ferbasa, parceria da Braskem, apoio institucional da FIEB e Sebrae e apoio da Wilson Sons.

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