Os sindicatos que representam os profissionais do Samu em Feira de Santana, a cerca de 120 km de Salvador, negaram que haverá paralisação durante a Micareta. Os rumores chegaram a surgir nas redes sociais na última semana em meio a relatos de falta de condições de trabalho adequadas da categoria. 

Por isso, o Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou na última sexta-feira (12) a primeira audiência de mediação envolvendo a categoria e a Secretaria de Saúde do município. O objetivo era esclarecer a questão. Durante a audiência, realizada na sede do MPT, foram feitos relatos de problemas na oferta de insumos e condições de segurança, principalmente no que se refere ao estado de conservação dos veículos.

Tanto a prefeitura quanto os sindicatos dos Enfermeiros e dos Médicos relataram ter conhecimento de denúncias relativas a essas questões. Mas as duas entidades negaram ter intenção de promover paralisações durante a Micareta.

Em nota, o Samu - por meio da Secretaria de Saúde - de Feira de Santana informa que todos os funcionários cumprem a carga horário prevista no contrato. Além disso, a pasta informou que não houve nenhum corte de benefícios e todos recebem os salários de forma regular, conforme os adicionais descritos no contrato, assim como não há falta de insumos e medicamentos, uma vez que o abastecimento é realizado de forma semanal.

Segundo o Ministério, o Sindisaúde chegou a ser convidado para a reunião, mas não enviou representante.

A procuradora responsável pela mediação, Annelise Leal, decidiu suspender por 30 dias o procedimento para que os dois sindicatos tenham tempo hábil para promover fiscalizações e encaminhar relatórios que possam dar a dimensão da falta de condições dignas de trabalho.

Assim, as partes poderão negociar um cronograma de ajustes que possa ser objeto de acordo. As informações que forem coletadas poderão ser encaminhadas diretamente à Secretaria de Saúde para que as providências iniciais já possam ser adotadas.