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Elaine Sanoli
Publicado em 2 de julho de 2025 às 12:03
O governador Jerônimo Rodrigues, que voltou a ser vaiado durante o cortejo do Dois de Julho, nesta quarta-feira (2), reconheceu que a festa da Independência da Bahia tem sempre um clima de disputa política, mas avalia que este ano ainda não pode ser visto como um termômetro para as eleições estaduais de 2026. "Essa data é sempre assim, né? Sempre uma disputa. Esse ano, talvez, nem tanto. Ano que vem, sim. O 2 de julho estará mais perto das eleições. Até porque, teremos já os nomes dos candidatos a deputados federais, estaduais. Então, aí sim, a gente vai poder demonstrar um pouco desse termômetro. Hoje, ainda não. Mas, ano que vem, com certeza o 2 de julho acaba representando a força das eleições". >
Questionado sobre a tentativa de reeleição, se ele será o nome escolhido pelo Partido dos Trabalhadores para disputar a vaga de governador da Bahia, Jerônimo destacou que até o momento o martelo ainda não foi batido, mas que é natural que concorra a reeleição. "Olha, até agora a gente não destacou. É natural que, quem está nessa cadeira, continue como candidato, mas nada de imposição. Então, vamos aguardar a hora certa para a gente poder fazer os anúncios dos federais, estaduais, senadores e da nossa chapa majoritária". >
Nesta quarta-feira (2), Jerônimo Rodrigues (PT) participou do tradicional desfile em celebração à Independência do Brasil na Bahia e foi recebido com reprovações sonoras pelo público que acompanhava o cortejo na saída da Lapinha. Durante o período de festejos juninos, o governador foi vaiado ao menos quatro cidades baianas: Itabuna, Ipiaú, Livramento de Nossa Senhora e Mucugê.>
Junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa do desfile de 2 de Julho pelo quarto ano consecutivo, o governador e o vice Geraldo Jr. saíram por volta das 10h do Colégio da Soledade com o chefe do executivo brasileiro, a primeira dama Janja, as ministras Anielle Franco e Margareth Menezes, o ministro do Rui Costa e o semador Jaques Wagner e foram seguidos por apoiadores locais.>
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, que acompanha a comitiva de Jerônimo Rodrigues, no Desfile do Dois de Julho, nesta quarta-feira (2), foi questionado se as constantes vaias que o governador da Bahia tem recebido durante participação em eventos no interior podem ser vistas como um termômetro para as próximas eleições e negou o fato. "De jeito nenhum".>
Para o ex-governador da Bahia as vaias são normais em uma democracia. "Eu estive com o governador em Ipiaú. Ele foi muito aplaudido por onde ele passou também, teve muita selfie, muitos aplausos. É evidente que, numa democracia, vai ter sempre os militantes que apoiam e vão ter alguns militantes de outros partidos que contestam. Isso faz parte da democracia. É igual o artista, se só quiser ser aplaudido é melhor escolher outra carreira", propôs.>