Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Bahia tem a segunda pior taxa de elucidação de homicídios do país

Entre os mais de 5 mil homicídios que viraram denúncia, apenas 783 foram esclarecidos

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 10:33

null Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Pelo segundo ano consecutivo, o estado da Bahia tem a segunda pior taxa de elucidação em casos de crime contra a vida no estudo 'Onde Mora a Impunidade?', divulgado na terça-feira (12) pelo Instituto Sou da Paz, que observou dados de homicídios dolosos registrados em 2021 e denunciados até 31 de dezembro de 2022.

Dos 5.215 homicídios que viraram denúncia em território baiano no período, 783 foram esclarecidos pela Justiça. Ou seja, 15% das denúncias apresentadas tiveram uma elucidação. Um número que coloca a Bahia à frente apenas do Rio Grande do Norte (RN), que resolveu 9% dos homicídios com registro, no ranking que conta com dados de 16 estados que divulgaram as informações através da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Gráfico aponta taxa de resolução de homicídios nos estados Crédito: Reprodução/Instituto Sou da Paz

Os dados divulgados na pesquisa mantêm os dois estados na liderança indesejada do ranking já que, em 2020, também apresentaram as piores taxas de elucidação do país, sendo o Rio Grande do Norte com 8% e a Bahia com 12%.

Em relação aos perfis das vítimas dos homicídios dolosos na Bahia, há também uma baixa divulgação, de acordo com o estudo. Nos registros, apenas 8% dos casos têm descrição da raça/cor das vítimas, enquanto só 17% dos casos têm informações sobre a faixa etária das mesmas. Além disso, apenas em 29% dos registros constam dados sobre o sexo das vítimas.

Procurado, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que por demandar uma investigação mais completa, os crimes contra a vida necessitam de um corpo policial que seja especializado mais o apoio de um departamento de perícia técnica estruturado. “Ao longo dos anos, a Instituição vem adotando diversas medidas para melhorar a atuação de controle e monitoramento dos prazos e da qualidade dos inquéritos policiais a cargo da Polícia Civil”, relatou em nota.

Entre as medidas mencionadas, o número de promotores com atribuição exclusiva para os crimes de homicídios em Salvador foi aumentado como o número de promotores da capital com atribuição exclusiva para o controle externo da atividade policial e a tutela difusa da segurança pública.

O MP também foi questionado sobre os autores desses crimes, mas em resposta informou que o sistema interno de informações segue os requisitos técnicos do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A filtragem acontece pelo tipo penal e não pela qualificação do autor do crime.

“Recentemente, teve início processo de implantação de um novo sistema da Polícia Civil, com o qual o MP-BA exigirá que informações mais detalhadas sejam fornecidas, possibilitando o acesso sistemático a dados mais aprofundados referentes às mortes decorrentes de ações policiais”, disse em nota.