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Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2024 às 18:53
Não se aborrecer com besteiras, rezar todos os dias e fazer palavras cruzadas. Se a professora aposentada Valcir da Costa e Silva e Sá Barreto (ufa!) tivesse uma receita para a longevidade, é certo que os três preceitos diários estariam em destaque na lista. Neste domingo (4), a baiana completa 100 anos e ganhou uma missa em comemoração, que foi realizada no salão de festas do apartamento onde mora, em Salvador. Amigos e familiares prestigiaram a aniversariante com muita festa. >
Nascida na Ilha de Itaparica, Valcir da Costa e Silva cruzou a Baía de Todos-os-Santos para estudar em Salvador quando tinha apenas 11 anos de idade. O desejo de se tornar professora já aparecia na infância, quando ela brincava de ensinar as bonecas. >
Aos 17 anos, a baiana passou em um concurso público estadual e se tornou professora de português. Levou a profissão para o resto da vida e participou da formação de incontáveis estudantes em Salvador. >
Desde que sofreu um acidente doméstico, Valcir caminha com auxílio de um andador. Mas se engana quem pensa que as dificuldades de locomoção tiram o bom humor da aniversariante. É justamente ao contrário. A centenária garante que só chegou aos 100 anos por ter aprendido, desde cedo, a evitar aborrecimentos sempre que possível. >
“Eu evito muito os aborrecimentos. Quero resolver tudo sem me estressar. Isso foi uma coisa que comecei a pensar desde cedo e, graças a Deus, estou aqui até hoje”, afirma. O cotidiano da aposentada, que ficou viúva há cerca de 30 anos, inclui ainda palavras cruzadas, missas e notícias diárias. Além, é claro, de assistir aos jogos do Bahia, time do coração.>
A partir deste domingo (4), a baiana entra na lista seleta de centenários que moram em Salvador. São apenas 516, sendo 89 homens e 427 mulheres, segundo informações do Censo de 2022. O grupo representa apenas 0,021% de toda a população da capital baiana. Não é por acaso que a data deve ser muito comemorada, afinal, são poucos os que conseguem chegar aos 100 anos. >
Para a aposentada, completar o centenário não seria possível sem um elemento muito especial: a fé. “Eu acho que uma coisa muito boa para chegar aos 100 anos é ter muita fé em Deus. Essa, para mim, é a coisa principal”, diz. >