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Perla Ribeiro
Publicado em 8 de agosto de 2025 às 10:11
Quem circular pelos centros de compras da cidade nas próximas 48 horas vai perceber a movimentação da corrida pelo presente do Dia dos Pais. Nesse ano, os baianos estão mais generosos: eles pretendem investir até R$ 300 na compra do presente para os pais. Respondida por quase 2 mil clientes da operadora de telefonia, – majoritariamente jovens de até 34 anos – a pesquisa da TIM Ads mostra que 68% pretendem gastar até R$ 300 com a data comemorativa.>
O valor é duas vezes maior que a média registrada em 2024, de R$ 100, e sinaliza uma mudança relevante no comportamento de consumo: mais investimento, escolha de presentes com apelo afetivo e uma diversificação no perfil dos presenteados. >
O levantamento indica que, além dos pais, mais pessoas serão lembradas: embora 41% dos entrevistados afirmem que comprarão presente para apenas uma pessoa, o número representa uma queda em relação a 2024, quando 56% tinham essa intenção. Neste ano, outros familiares ganham espaço, como cônjuges (16%), avós e irmãos (11%). E na lista de desejos, itens de uso pessoal lideram: roupas (24%), perfumes (20%) e acessórios (15%) estão entre os preferidos.>
A digitalização do consumo também se intensificou. O Pix se consolidou como principal forma de pagamento, escolhido por 38% dos entrevistados, salto expressivo frente aos 16% do ano anterior. Dinheiro (26%) e cartão de débito (15%) aparecem em seguida, revelando a convivência entre métodos tradicionais e soluções digitais.>
Cenário positivo>
A Fecomércio BA também projetou um cenário positivo para o comércio varejista baiano no mês de agosto, período em que se comemora o Dia dos Pais. A expectativa é de um aumento médio de 2% nas vendas em relação ao ano passado, nos setores mais ligados à data comemorativa, como vestuário & calçados, eletroeletrônicos, farmácias e perfumarias. O faturamento desse grupo deve alcançar quase R$ 3 bilhões no Estado.>
“Embora esse desempenho possa parecer modesto, é importante lembrar que, no ano passado, essas três atividades registraram crescimento de 10%. Ou seja, trata-se de uma base comparativa elevada. De todo modo, como a Fecomércio BA vem observando, o cenário de juros mais altos — atualmente em 15% ao ano — impõe dificuldades naturais para que as vendas avancem em um ritmo mais forte”, explica o consultor econômico da Fecomércio BA, Guilherme Dietze. >
Entre os três setores analisados, o único que tende a apresentar recuo nas vendas, estimado em -2%, é o de eletroeletrônicos. Isso ocorre especialmente por serem produtos de maior valor agregado, que, em sua maioria, dependem de crédito para a compra parcelada, seja por meio do cartão de crédito ou dos carnês. O custo mais elevado do crédito acaba desfavorecendo o desempenho deste segmento, o que deve ser a tendência para o segundo semestre. >
Por outro lado, as lojas de vestuário e calçados, normalmente as mais procuradas no período do Dia dos Pais, devem registrar crescimento de 2% em relação ao ano anterior. Já o setor de farmácias e perfumarias apresenta uma estimativa de alta de 4%. >
“O Dia dos Pais é uma das datas mais importantes do calendário do varejo no segundo semestre, por estimular não apenas o consumo afetivo, mas também a movimentação de vários setores da economia”, ressalta Kelsor Fernandes, presidente do Sistema Comércio BA – Fecomércio, Sesc e Senac. >