Histórias que a Bahia conta

Bienal do Livro 2024 lança programação em evento com presença dos três curadores; confira

Evento acontece dos dias 26 de abril a 01 de maio no Centro de Convenções

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  • Luiza Gonçalves

Publicado em 27 de março de 2024 às 13:59

Bienal do Livro 2024  lança programação em evento com presença dos três curadores; confira
Bienal do Livro 2024 lança programação em evento com presença dos três curadores; confira Crédito: CORREIO/Ana Lúcia Albuquerque

A um mês de sua abertura, a Bienal do Livro da Bahia 2024 teve seu lançamento oficial na noite desta terça-feira (26), no restaurante Casa de Tereza, Rio Vermelho. Sob o tema As Histórias que a Bahia Conta, o evento acontecerá entre os dias 26 de abril e 1º de maio, no Centro de Convenções, com 170 autores, personalidades e artistas em mais de 100 horas de conteúdo, com discussões contemporâneas e múltiplas possibilidades de pensar a literatura em diferentes linguagens, meios e públicos.

“A Bienal deixou de ser uma feira de livros há muito tempo. Ela é um portal para a dimensão do universo literário e o que difere a Bienal Bahia de outras bienais é a identidade, a personalidade que vem com a força da cultura baiana”, afirmou Bruno Henrique, responsável pela direção e organização do evento.

Em 2022, após 10 anos sem a realização da Bienal, o evento recebeu mais de 90 mil visitantes e reuniu cerca de 150 expositores e 150 convidados. Confiantes e animados com a recepção positiva, o trio de curadores Josélia Aguiar, Schneider Carpeggiani e Mira Silva apresentaram as inovações, convidados e os diálogos temáticos propostos nos três espaços que compõem a Bienal da Bahia 2024: o Café Literário, a Arena Jovem e as Janelas Encantadas.

“Com o tema As Histórias que a Bahia Conta, vamos fazer um Café Literário pensando por vários ângulos, histórias e momentos da cultura baiana. Vamos ter conversas não só sobre a literatura, mas também sobre linguagem, memória e homenagens importantes, como a Dorival Caymmi e ao Ilê Aiyê”, destaca a jornalista e curadora Josélia Aguiar. No café, também serão debatidos temas de cunho social que se cruzam com a literatura, recebendo nomes como Scholastique Mukasonga, Kaká Werá e Itamar Vieira Junior.

Maior palco do evento, a Arena Jovem dará ênfase a temáticas e nomes presentes na cultura pop, bem como nos novos modos de consumir e fazer literatura, como explicou o curador Schneider Carpeggiani. Booktokers, escritores, cantores, influencers e quadrinistas marcam presença na programação do espaço.

Formado por uma programação multilíngue que agrega leitura, contação de histórias, teatro, música e mágica, o espaço Janelas Encantadas é 100% dedicado às crianças. “Queremos que a criança entenda que ela é livre para criar, para imaginar e ver os mundos possíveis que os livros nos proporcionam”, disse a curadora Mira Silva.

ENega Fyah
ENega Fyah Crédito: CORREIO/Ana Lúcia Albuquerque

Focada nos diálogos sociais, históricos, religiosos e culturais, as narrativas e vozes baianas serão as grandes protagonistas e eixo condutor desta edição. Cada painel contará com a presença de pelo menos um participante baiano, autor, personalidade ou mediador. Uma dessas artistas é a escritora, poeta e produtora do Slam das Minas Salvador, Nega Fyah, que integra a mesa de abertura da Arena Jovem, juntamente com Nath Finanças e Amanda Julieta. “Isso mostra que a literatura jovem, negra e periférica está viva, que a gente lê e produz e que ela é diversa”, afirmou Fyah.

*Com orientação da editora Dóris Miranda