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Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 11:11
Um caminhão está bloqueando o trânsito na ladeira que dá acesso à Rua do Salete, no bairro dos Barris, em Salvador, desde o último sábado (27). >
De acordo com o condutor do veículo, Geovani da Silva, o caminhão subia a ladeira no sábado por volta das 14h para realizar a entrega de uma carga vinda de Maceió para um supermercado da região, mas não conseguiu, “deslizou” para trás e quebrou, travando a via. >
No domingo (28), a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) enviou um guincho para fazer a retirada do veículo, sem sucesso. Além de não conseguir fazer a remoção, o guincho ainda colidiu com o caminhão, danificando o veículo. Geovani acusa o responsável pelo guincho de estar alcoolizado durante o procedimento. >
A Transalvador relata que o trânsito na via está bloqueado, com agentes ordenando o trânsito e auxiliando o condutor até que um novo guincho seja enviado, quando a carga for removida do veículo. “Outro guincho deve ser enviado somente após a retirada da carga, que deve ser providenciada pelo motorista, que também foi orientado a acionar a seguradora para tentar efetuar a retirada”, diz em nota. >
Geovani afirma que acionou o seguro para fazer o reparo e colocar o pneu que foi perdido, mas ainda não houve retorno. A transportadora ainda não realizou a baldeação da carga. >
Nesse período, ele, a esposa e os dois filhos contam com a solidariedade dos moradores da região até que possam retornar para Joinville, no estado de Santa Catarina, onde vivem. A farmacêutica Albany Nogueira, moradora da Avenida Centenário, ao tomar conhecimento do caso, ofereceu o conforto da própria casa à família. “Eu estava indo para o trabalho e eu liguei a televisão e vi a reportagem, eu estava pegando a moto, mas é impossível a gente ouvir o sofrimento das outras pessoas e não se comover. Eu pedi ao rapaz para desviar o caminho e ir até lá oferecer ajuda”, conta. >
Além de abrir sua casa para a família dormir e fazer a higiene pessoal, Albany também tem oferecido alimentação para o casal e as crianças. “Não foi nada de mais, sabe? É só um dando a mão para o outro. Hoje são eles, amanhã pode ser eu também. É só uma ajuda simples, que qualquer ser humano pode fazer isso”, afirma. >