Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2019 às 19:00
- Atualizado há 2 anos
Funcionários do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) tiveram um prejuízo de até R$ 50 mil ao terem seus dados roubados em um golpe realizado por um casal de estelionatários. Os suspeitos Mário Queiróz e Lígia Pereira foram presos em flagrante nesta quinta-feira (25), no momento em que recebiam móveis comprados com documentos falsos dos servidores do órgão.>
Os acusados do crime foram apresentados no início da tarde desta sexta-feira (26) pela delegada Maria Selma Lima, diretora do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), na sede da Polícia Civil, no bairro da Piedade.>
De acordo com a delegada, o casal escolheu roubar os dados dos servidores públicos pela facilidade em realizar transações em nome destes funcionários. Apesar da preferência, o golpe também era aplicado contra pessoas com outros trabalhos.“Eles preferem o funcionário público porque eles têm contracheque, aí fica muito mais fácil para contratar empréstimo, comprar carros, móveis”, explicou.Ambos suspeitos já tinham passagem pela polícia, inclusive pelo crime de estelionato. Além desta infração, Mário já foi preso por um homicídio ocorrido em Cajazeiras e por uma tentativa de feminicídio contra a antiga parceira. “Eles já são velhos nessa prática, já tem experiência”, apontou a delegada.>
Com a prisão da dupla, a Polícia Civil recuperou parte dos materiais adquiridos pelos suspeitos. Foram apreendidos documentos falsificados, entre eles um RG em nome de uma servidora do TJ, além de móveis e uma TV no imóvel ocupado por Mário e Lígia, no bairro de Cajazeiras VI. Delegada fala sobre as prisões (Foto: Marina Silva/CORREIO) Investigação O valor do golpe, até o momento, é estimado em R$ 50 mil, mas esse número pode crescer. A delegada aponta que os dois suspeitos são membros de uma quadrilha e que, pelo número de documentos falsificados apreendidos com os acusados, mais de 50 pessoas foram vítimas - a maioria servidores do TJ-BA.“Até agora foram cerca de R$ 50 mil, mas a quantia é muito maior, porque a gente tem uma gama de documentos muito grande. Todos são fraudados porque estão com as fotos dos golpistas e dados de várias outras pessoas que, com certeza, têm ficha limpa”, afirmou.A investigação começou a partir de denúncias das vítimas. A delegada contou que o pivô foi o registro de um boletim de ocorrência por parte de um dos afetados. O número total de pessoas que tiveram os dados roubados ainda não foi levantado. “Ainda estamos ouvindo as vítimas”, disse.>
Com parte da quadrilha ainda à solta, Maria Selma se diz determinada em prender todos os envolvidos. As primeiras prisões foram feitas a partir de uma rede de investigação, que envolvia todos os investigadores da DCCP.>
“A gente pegou imagens, seguimos as imagens, já vimos carro usado. Foi todo um sistema de informação e, através dele, conseguimos chegar aos bandidos”, informou.>
Para fugir de fraudes Qualquer pessoa pode estar sujeita a ser vítima de estelionato e quem deseja se precaver pode colocar um alerta vermelho no nome e no CPF no Serasa. Também é importante se atentar e não passar dados pessoais para desconhecidos por telefone>
“Mesmo que você não tenha sido vítima, não faz mal nenhum você colocar o alerta no CPF e no nome. Com isso, toda vez que alguém for utilizar os seus dados, o Serasa vai olhar o alerta e tomar mais cuidado. Vão checar e te ligar”, indicou a delegada.>
* Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro>