Casarão onde funcionava antigo Hotel Colombo desaba em Cachoeira

Desabamento ocorreu nesse domingo (18)

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Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 18:00

Desabamento do Hotel Colombo
Desabamento do Hotel Colombo Crédito: Reprodução/Redes sociais

O casarão onde funcionava o antigo Hotel Colombo, no centro de Cachoeira, no Recôncavo baiano, desabou nesse domingo (18). Os escombros atingiram um carro, que estava estacionado próximo ao hotel. O casarão faz parte do conjunto tombado pelo Instituto do Patrimônio História e Artístico (Iphan).

Segundo a prefeitura de Cachoeira, os proprietários já haviam sido notificados sobre os riscos iminentes de desabamento. "Diante dessa ocorrência, a Prefeitura de Cachoeira tomou todas as medidas necessárias, acionando os órgãos competentes como Coelba, Defesa Civil, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Samu, entre outros, para lidar com a situação da forma mais eficiente e segura possível", diz a nota da prefeitura.

O local do desabamento foi isolado. "Pedimos encarecidamente que a área do desabamento seja respeitada e isolada, a fim de garantir a segurança de todos os cidadãos e profissionais envolvidos no processo de avaliação e assistência. Contamos com a colaboração de todos nesse momento delicado", finaliza a prefeitura.

O local faz parte de um conjunto tombado pelo Iphan. Em nota, o órgão explica que a responsabilidade pela manutenção do imóvel é do proprietário e que tem como função orientar e fiscalizar as condições de conservação. O casarão estava abandonado há anos e segundo o Iphan, não foram adotadas as medidas para garantir que o imóvel fosse conservado. Com o novo desabamento, novas medidas de fiscalização devem ser tomadas para que os responsáveis sejam cobrados.

O casarão foi objeto de disputa entre a prefeitura de Cachoeira e seu antigo proprietário, o advogado Raimundo Coelho. Em maio de 2014, o prédio foi tornado propriedade pública. A intenção era que o local fosse sede do curso de Arquitetura da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). No entanto, o projeto não saiu do papel e em 2016, a prefeitura desiste da ação. Em 2018, a propriedade retornou para Raimundo.

A reportagem entrou em contato com o Tribunal de Justiça (TJ-BA) para buscar esclarecimentos sobre o processo relativo à propriedade do imóvel, mas ainda não obteve retorno.

Em 2019, parte do casarão desabou, na parte dos fundos. Reportagem do CORREIO do mesmo ano mostrou a história da disputa pelo casarão.