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Com shows de Narcizinho e Lucas Di Fiori, Femadum lotou Pelourinho neste domingo

Evento consagrou música de Alisson Lima para o Carnaval do Olodum em 2024

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 17 de julho de 2023 às 06:00

Pelourinho lotou no encerramento do Femadum Crédito: Marina Silva/CORREIO

Quem chegou no Largo do Pelourinho por volta das 14h deste domingo (16) precisou se esforçar para se acomodar e acompanhar o encerramento do Festival de Música e Arte do Olodum (Femadum), que começou na sexta-feira (14). Com apresentações de ex-cantores do bloco como Narcizinho e Lucas Di Fiori e também da cantora Ana Mametto, a ladeira se encheu logo cedo de fãs ansiosos para presenciar o show de percussão e as vozes marcantes do grupo que sempre passam pelo palco cantando no evento.

Prova disso é que, antes das 15h30, a Polícia Militar precisou fechar os acessos ao largo e passou a liberar a entrada de forma proporcional as saídas. Os fãs que conseguiram acesso botaram o gingado para jogo nas apresentações. Houve até quem ficasse 'posturado e calmo' nas partes laterais do largo, mas a maioria aproveitou da melhor posição possível em frente ao palco para dançar ao som dos instrumentos de percussão que embalam clássicos do Olodum e da música baiana.

Elisângela Santos, 42 anos, carrega tatuada na pele a paixão que tem pelo bloco e vai todos os anos que pode ao festival. Dessa vez, não foi diferente. Posicionada de frente para o palco, ela contou porque não perde o evento. "Fiz minha tatuagem tem sete anos, mas sigo o Olodum desde os 13 porque é uma relação de amor. Sempre venho para o Femadum porque aqui encontro os amigos, brinco na paz e sinto uma energia muito diferente. É o melhor festiival de música da Bahia", diz ela.

Elisângela mostra tatuagem do Olodum Crédito: Marina Silva/CORREIO

Se quem já é figura marcada na festa se divertiu, os que foram pela primeira vez puderam experimentar uma tarde inteira com a música do Olodum em evidência. Caso de Luciana Sousa, 44, que saiu de Dias D'Ávila para ver a festa. "É a primeira vez que tenho oportunidade de vir. Eu tô muito feliz de estar aqui porque ver o Olodum no festival é muito diferente, coisa linda. Estou cercada de gente que ama o bloco como eu e ansiosa para ver Narcizinho no palco", relata Luciana.

Ela foi ao Femadum na companhia do enteado Mailson Augusto, 17, que, apesar da pouca idade, tem experiência de sobra na festa e queria que a madastra também conhecesse. "Trouxe ela junto com meu pai. Eu sempre venho porque a gente tem aqui a melhor banda percussiva do mundo, que é o Olodum. É um prazer e um privilégio vê-los aqui e ainda sem pagar nada", fala ele, que junto com Luciana, levou um cooler para não perder nada das apresentações na hora de pegar água ou cerveja.

Mailson e Luciana foram para festa com cooler Crédito: Marina Silva/CORREIO

Não foi só a plateia que se acabou no festival. A cantora e atriz Ana Mametto subiu ao palco com empolgação e se divertiu ao agitar o público no início da tarde. Ela falou da honra de se apresentar no evento. "Amo cantar no Pelourinho e com o Olodum. A minha grande referência da música baiana vem dos blocos afros. O Olodum é o que deixa os meus olhos mais dilatados, como o sol que estava hoje. Tenho muito orgulho de estar aqui", fala.

A cantora lembrou a história do festival, que coroa a música do Carnaval do Olodum desde 1980. "O maior destaque da música baiana lá em 86 ou 87 vem com Madagascar, uma música que sai do Femadum. Além de 'Faraó' e outros sucessos que saíram daqui. Isso é lindo, mas não se falou do Femadum. A Bahia é um celeiro de criatividade e esse Festival é um berço porque olha com carinho para os compositores da Bahia", completa Ana.

Ana Mametto canta no Femadum Crédito: Marina Silva/CORREIO

A edição deste ano consagrou a música 'ÓPAÍOLODUM', do compositor Alisson Lima, como a canção do Olodum para o Carnaval 2024. Foi a quarta vez que o músico, que está no Olodum desde 2015, levou o prêmio. O que não fez o título ser menos emocionante. "Quando eu chego aqui e sou agraciado com o primeiro lugar, é a consagração de toda uma história como músico desde criança, é difícil até dimensionar. Sentimento dos melhores possíveis que é chegar ao seu objetivo", fala.

Apesar do tema da música ter sido livre, Alisson conta que buscou inspiração no Pan-Africanismo para escrever. "Fui buscar poesias e referências pan-africanas para poder compor e, por isso, traz toda essa característica no ritmo, na letra. Ela, assim como as outras músicas que concorreram, estão no canal do Olodum", indica ele.

Alisson venceu o prêmio Femadum Crédito: Marina Silva/CORREIO

Ficaram no segundo e terceiro lugar, respectivamente, as músicas Ginga Olodum, dos compositores Victor Badaró, João do Morro e Yan Gil, e Olodum Madeira de Lei dos compositores Ney Baiano, Beatriz Quintino e Yure de Cajazeiras.