Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Conheça as finalistas à Deusa do Ébano 2024

A nova etapa da seletiva escolheu as 15 candidatas que continuam na disputa

  • E
  • Elaine Sanoli

Publicado em 27 de dezembro de 2023 às 06:00

Finalistas do concurso para Deusa do Ébano
Finalistas do concurso para Deusa do Ébano Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

A seletiva que escolheu as 15 finalistas do concurso para Rainha do Ilê Aiyê 2024 levou as candidatas à Senzala do Barro Preto, no Curuzu nesta terça-feira (26). A grande final acontece na 43ª Noite da Beleza Negra, festa tradicional do grupo em 13 de janeiro. 

A seletiva, adiada por conta do período chuvoso na cidade, definiu as finalistas do concurso, mulheres de toda a Salvador e Bahia que compartilham do mesmo sonho de ser a Deusa do Ébano. Não apenas estão unidas pelo sonho de conquistar a coroa de Rainha do Ilê, mas, ainda, por buscarem na representatividade e ancestralidade as forças para entrar na disputa. Conheça quem são as finalistas à Deusa do Ébano 2024.

Carol Xavier: a jovem professora de 25 anos, moradora do bairro de Sussuarana, concorrendo pela terceira vez ao concurso, acredita que ser Rainha do Ilê é também um desejo da comunidade onde cresceu. “É um sonho que não só meu, mas da minha comunidade e representar a minha comunidade é muito importante para mim”, afirma.

Carol Xavier
Carol Xavier Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Rafaela Rosa: vindo diretamente de Irecê, a também professora de 28 anos já concorreu em outras duas ocasiões, em 2018 e 2019. Para ela, o concurso é uma “grande potência”, capaz de exaltar a figura negra feminina. “O concurso vai além da beleza, é político”, declara Rafaela.

Rafaela Rosa
Rafaela Rosa Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Sarah Moraes: dançarina e artista de 26 anos, Sara saiu de Sussuarana com o objetivo de representar, pela primeira vez no concurso, a sua comunidade. “Eu penso muito na coletividade e na ancestralidade. Estou aqui não só por mim, mas todas as outras pessoas que por mim se sentem representadas”.

Sarah Moraes
Sarah Moraes Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Cibele da Silva: pela quinta vez na tentativa de ser a Deusa do Ébano, a afroempreendedora de 35 anos, a moradora do Garcia avalia como uma oportunidade única de encontrar reconhecimento e empoderamento. “É o único concurso no Brasil que enaltece as mulheres negras, que traz para a gente sensação de pertencimento, de exercer a nossa beleza, eu saio no Ilê desde da barriga de minha mãe, não me vejo em outro concurso, não me vejo em outro lugar que não seja aqui no Ilê Aiye”, conta.

Cibele da Silva
Cibele da Silva Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Cecília da Silva: empresária do ramo de brechós no Garcia, Cecília é, entre as finalistas, dona do recorde de participações: foram oito tentativas. “Na pré-seleção já participei oito vezes e como candidata durante o concurso, três vezes, no terceiro ano eu fiquei como princesa”, relembra. Aos 33 anos, ela conta que o Ilê faz parte de sua história desde a infância. “Meus pais saem [no bloco] desde que eram namorados e levou a gente [Cecília e as irmãs] a sair no bloco desde os sete anos de idade e trouxe para mim um crescimento, um fortalecimento da minha identidade para enfrentar o racismo”.

Cecília Silva
Cecília Silva Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Larissa Valéria: empresária, professora e coreógrafa, a jovem de 29 anos da Liberdade participa pela terceira vez da competição com o objetivo de “manter um legado de rainha”. “Eu já me considero uma majestade, eu sou rainha vários termos, tanto enquanto mãe, tanto quanto profissional, quanto professora”.

Larissa Valéria
Larissa Valéria Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Bárbara Cristina Sacramento: a bailarina do Curuzu de 33 anos está na sua segunda participação no concurso. Barbara conta que desde a infância, por morar no bairro onde está localizada a sede do Ilê Aiye, sonha com o dia em que será Rainha. “É um sonho de criança só por morar no Curuzu e ter essa oportunidade de estar aqui mais uma vez e mostrar a capacidade de que é mais que uma dança. É mais que um troféu e é mais que um título: é mostrar para o mundo quem gente é de verdade, o que é a mulher preta de verdade.” 

Bárbara Cristina Sacramento
Bárbara Cristina Sacarmento Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Lorena Bispo: a mais nova das finalistas, com 21 anos, a dançarina e escritora Lorena, vem de Itapuã pela primeira vez para “assumir o lugar de realeza enquanto a deusa do Ébano”. Para ela, participar do concurso não é uma mera conquista pessoal, ela está lá para contar diversas histórias. “É sobretudo assumir uma responsabilidade social, cultural, política, porque é um lugar de transformação, não é sobre mim, eu conto a minha história, mas eu também perpetuo muitas outras histórias”, declara.

Lorena Xavier
Lorena Xavier Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Nadine Ferreira: a dançarina da Federação, aos 32 anos, deseja ser uma inspiração para o filho. “Mostrar para o meu filho que nós podemos ser o que quisermos ser, estarmos onde quisermos estar. Eu quero ter essa representatividade para a vida dele”.

Nadine Ferreira
Nadine Ferreira Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Isis Renata Nascimento: moradora do bairro da Engomadeira, Isis participa pela primeira vez do concurso aos 28 anos. Para ela, sua participação é um ato político de resistência. “Para além de ser um ato político, é também voltado para ancestralidade. Hoje eu me sinto preparada para estar aqui participando e concorrer a esse título tão sonhado”.

Isis Renata Nascimento
Isis Renata Nascimento Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Stephanie Lobo: bailarina e capoeirista de 25 anos, a jovem do Acupe de Brotas luta pela coroa pela primeira vez como forma de homenagem aos seus ancestrais. “Esse título é para mim uma reafirmação do que eu já sou. Eu sou uma deusa, eu sou uma rainha e eu sou todos os meus ancestrais e eu quero ser Deusa exatamente por isso, porque eu sei que eu estou pronta para ocupar esse espaço”, afirma.

Stefany Lobo
Stefany Lobo Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Thuane Vitória: pela terceira vez na competição, a jovem moradora de Fazenda Grande do Retiro busca reafirmar a sua própria beleza, além de influenciar sua próxima geração. Aos 26 anos, a cuidadora afirma “[Quero] Deixar um legado para minha filha, que é o sonho dela me ver Deusa. Ela quer me ver ali naquele palco, no trio; e pela minha mãe também, que foi nutrindo em mim e hoje é um sonho que se tornou sonho meu”.

Tauane Vitória
Tuane Vitória Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Tainã De Palmares: a psicóloga e costureira de 30 anos da Liberdade já participou de outras duas edições do concurso. “A primeira vez que participei, eu achava que era uma questão muito mais social, mais ampla, para trazer esse significado e não que não seja, mas hoje a minha inspiração é muito mais a minha filha, para que ela tenha essa referência em casa e que ela cresça com esse fortalecimento mesmo de raça e de beleza”. 

Tainan de Palmares
Tainan de Palmares Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Stephanie Ingrid: dançarina e capoeirista, a jovem moradora do Nordeste de Amaralina. Participa, aos 22 anos, pela primeira vez da disputa para Rainha do Ilê Aiye. Segundo ela, estar concorrendo é uma forma de enfrentamento ao racismo. “É um sonho que veio de minha mãe e ela veio passando para mim e também sobre esse empoderamento me ressaltar também como mulher preta periférica, que é algo que a gente sofre muitos preconceitos e esse concurso ressalta muito a mulher negra. Eu venho aprendendo isso de berço, de que nós somos rainhas, sim, somos deusas!”.

Stefany Ingrid
Stefany Inrid Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Daiane de Souza: aos 31 anos, a cabeleireira de Itapuã participa pela sexta vez da competição. “Já passou de um sonho. Hoje, para mim, é uma questão de honra. Eu quero poder ser referência de persistência para outras meninas e mulheres que sonham também em participar de um evento com a magnitude que é a Noite da Beleza Negra”, conta.

Daiane de Souza
Daiane de Souza Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO