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Esther Morais
Publicado em 21 de setembro de 2025 às 14:40
Uma ação de limpeza do fundo do mar no Porto da Barra, uma das praias mais emblemáticas e movimentadas de Salvador, retirou quase 180 kg de resíduos da costa marinha, entre plásticos, metais, alumínio, vidro e outros materiais não biodegradáveis que oferecem riscos tanto aos animais marinhos quanto aos banhistas.>
Materiais são retirados do fundo do mar no Porto da Barra
A iniciativa foi realizada pelo grupo de mergulhadores e instrutores Mergulho Pirata, em parceria com facilitadores locais do Greenpeace Salvador, e fez parte das atividades do Clean Up Day, movimento global de conscientização ambiental voltado ao combate à poluição nos oceanos. >
A ação mobilizou 80 voluntários, que se dividiram entre a faixa de areia e a área marinha costeira mais próxima da praia. A Limpurb, da Prefeitura de Salvador, garantiu apoio logístico, fornecendo luvas, sacolas para acondicionamento dos resíduos, hidratação para os participantes e fazendo a coleta final do material retirado.>
Entre os itens encontrados estavam centenas de tampinhas de garrafa, palitos de madeira, latinhas, garrafas de vidro (inclusive quebradas), embalagens plásticas, restos de linhas e redes de pesca, cabos, fios, isqueiros, pentes e até peças de roupa. Muitos desses materiais oferecem graves riscos de acidentes.>
O mergulhador Felipe Paranhos, um dos líderes do Mergulho Pirata, ressaltou os perigos dos resíduos coletados. “Uma das coisas que a gente mais costuma retirar do fundo do mar são os palitos de madeira, que são achados tanto na área costeira marinha, à beira da praia, como na areia, também. A gente percebe que vários ainda têm ponta, o que pode perfurar o pé de um banhista ou causar um dano à vida de um animal marinho. Temos também vidros quebrados retirados da areia e da zona do mar mais próxima”, disse.>
Ele também alertou para os plásticos moles, sobretudo canudos, que trazem riscos à fauna marinha: “Isso causa muitos acidentes, sobretudo com tartarugas, que às vezes confundem os plásticos com alimentos, pelo fato desses materiais parecerem alimentos que estão na cadeia alimentar delas, então acabam ingerindo e morrendo”, alertou.>