Covid-19: Bahia registra cinco mortes por semana em 2024

Especialistas ressaltam importância da cobertura vacinal e da notificação dos casos

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  • Millena Marques

Publicado em 13 de março de 2024 às 07:00

O Corona Vírus sofre constantes mutações o que torna a Covid-19 ainda mais perigosa
O Corona Vírus sofre constantes mutações o que torna a Covid-19 ainda mais perigosa Crédito: Shutterstock/reprodução

Em 2024, a Bahia registrou 56 óbitos por Covid-19, o que configura cinco mortes por semana. Embora o fim da pandemia tenha sido decretado em maio do ano passado e a situação epidemiológica não seja crítica, especialistas lembram que os cuidados não podem ser negligenciados: em casos de apresentação de sintomas, os pacientes devem realizar o teste, para evitar a disseminação da doença e casos mais graves.

Além disso, não há como calcular a real taxa de incidência da doença caso as pessoas não realizem o teste. Com a vacinação e os sintomas brandos, a maioria das pessoas não está fazendo mais testes de Covid. “É importante que esses pacientes sejam monitorados e que tenhamos uma avaliação real da quantidade de pacientes”, afirma a médica infectologista Áurea Paste, coordenadora da residência de Infectologia do Instituto Couto Maia (Icom).

De acordo com o último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), divulgado na segunda-feira (11), 7.614 casos de Covid-19 foram notificados em 2024. Do total, mais de 51% são de pessoas com idade entre 20 e 49 anos. A falta de testagem é justamente o que justifica esse número, segundo Áurea Paste.

"Essa idade é justificada pela falta de testagem e falta de notificação. Na prática, a gente está vendo pessoas de todas as idades tendo Covid, tanto os jovens quanto os mais velhos. Isso é um risco, porque o problema é não ter o número exato", diz a infectologista, ressaltando a importância da cobertura vacinal.

“Ninguém pode negligenciar a vacina para o Covid, já que também a cobertura vacinal está baixa. Muitas pessoas não tomaram ainda bivalente”, afirma. A reportagem solicitou o número atualizado de pessoas vacinadas contra a doença à Sesab, mas não havia respostas até o fechamento desta matéria. O CORREIO não conseguiu acessar ao painel de monitoramento do site oficial da secretaria. 

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro