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Maysa Polcri
Publicado em 5 de janeiro de 2024 às 08:30
O verão já está a todo o vapor e acende o alerta para duas doenças já conhecidas dos baianos: dengue e covid-19. Enquanto as altas temperaturas favorecem a proliferação do mosquito aedes aegypti, que transmite a dengue, as aglomerações das festa do período impulsionam a disseminação da covid. Febre, dor de cabeça e dor no corpo estão entre os sintomas das duas doenças. Então, como fazer para diferenciar as viroses? >
De acordo com o infectologista Claudilson Bastos, é preciso estar atento aos sintomas gripais. Se eles fizerem parte do quadro do paciente, é provável que se trate de covid e não de dengue. “A dengue não costuma causar sintomas respiratórios como tosse, dor de garganta e coriza. Mas febre e mialgia [dor muscular] são sintomas de ambas as doenças”, explica o médico que é consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde. >
As dores de cabeça e nas articulações foram tão fortes que Mateus Silva, de 26 anos, não conseguiu participar da ceia de Natal no mês passado. O jovem precisou ir à emergência e ficar afastado do trabalho após ter sido diagnosticado com dengue. >
“Os primeiros sintomas foram dor no corpo e febre. Fiquei muito mal e tomei um analgésico no dia 24, mas não adiantou. Tomei medicação na veia quando fui ao hospital e só melhorei mesmo depois do quarto dia”, relata. >
Para sanar as dúvidas entre dengue e covid-19 completamente, o ideal é realizar alguns dos testes da doença. O diagnóstico da dengue pode ser feito através de testes rápidos para antígeno NS1 e anticorpos IgC e IgM, com a liberação em até um dia, ou por PCR. No segundo caso, o resultado costuma ser liberado em até três dias úteis. Ambos estão disponíveis em laboratórios da rede privada, assim como os testes da covid. >
Na quarta-feira (3), a vacina Qdenga contra a doença começou a ser disponibilizada em Dourados, no Mato Grosso do Sul, como parte de uma pesquisa que busca medir a efetividade da vacina. >
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou o imunizante em dezembro, mas ainda não há previsão de quando ele será disponibilizado no resto do país. >