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Larissa Almeida
Publicado em 23 de dezembro de 2024 às 02:00
Casa com fiação inadequada, parede com pintura velha e sala demandando reparos. Esses foram os problemas que levaram o carteiro Washington Lisboa, 45 anos, a começar uma reforma no próprio lar há poucos dias. Desde que recebeu o décimo terceiro, ele tem sido um visitante assíduo de lojas de materiais de construção, mas não é o único. Isso porque, em Salvador, a procura por insumos para reforma e construção tem registrado aumento de até 30% neste final de ano. >
As motivações para o aumento da procura por materiais de construção no final do ano variam. De modo geral, o último e o primeiro quadrimestre do ano são os períodos mais aquecidos para os estabelecimentos do ramo. Além dos insumos tradicionais para pintura e reboco, também são bastante procurados os materiais de hidráulica, que são um dos carros-chefes das vendas na loja Novo Tempo Materiais de construção, loja que fica no Engenho Velho de Brotas. >
“Essa é a época que mais vendemos no ano, por conta do verão. Geralmente, é quando as pessoas podem reformar, já que estão com o décimo terceiro na conta. É o contexto ideal principalmente para quem vai construir, rebocar ou quebrar parede. O fluxo maior é entre novembro e dezembro. A prova disso é que já temos registrado aumento de procura de 30%. Para mim, é ótimo. Só ficaria melhor se aumentasse em 100%”, brinca o proprietário Ângelo Santiago, 58 anos. >
Os clientes da Casa Vila Material de Construção, que fica situada na Av. Vasco da Gama, têm aumentado as vendas do estabelecimento em 30% com pedidos por bloco, minério, cimento e tinta. Segundo Agnaldo Costa, que trabalha no local, os insumos são destinados a realizações de reformas. >
“A maioria [dos clientes] tem a intenção de fazer reparos e construções. Muitos empreiteiros que vêm aqui trabalham com obras para pessoas ricas e empresas que aproveitam o recesso para realizar ajustes na decoração ou na estrutura. Para a gente, é bom, porque pagamos em dia as contas que estavam atrasadas”, diz Agnaldo. >
Até o final do ano, a previsão da Ferreira Costa é de que duas unidades registrem crescimento de 15% na procura por itens de decoração, reforma e construção. Para Pedro Souto, gerente geral da loja no Barris, esse interesse surge em decorrência das celebrações comuns a época. >
“Fim de ano as famílias gostam de arrumar a casa para receber os familiares, amigos e recepcionar o novo ano renovadas. Fazem pequenos reparos, renovam a decoração, pintam. [Ainda], tem as promoções desse período que são oportunidades de compras”, ressalta. >
Na loja JP Tintas, localizada no bairro da Federação, a maior demanda tem sido por tintas, argamassa e utensílios para instalação de chuveiro, embora as vendas como um todo tenham aumentado cerca de 30%, conforme conta José Almério Diniz, gerente da loja. >
“Nesse ano, as vendas estão mais aquecidas. No ano passado, eu também tive muita procura por materiais de pintura, mas de menor qualidade. Hoje, estou vendendo produtos de maior qualidade, o que mostra que o poder de compra deu uma melhorada. Acho que o décimo terceiro e a vontade de presentear também contribuem para o aumento do consumo”, afirma ele. >
De acordo com Edgar de Barros, gerente geral da Ferreira Costa Paralela, os produtos mais procurados são dos setores de iluminação, pisos, cerâmicas, tintas, mesa posta, quadros e peças de decoração. O perfil dos clientes que compram esses materiais, por sua vez, é diverso. “Todos querem arrumar a casa ou fazer alguma intervenção para deixá-la mais bonita, confortável e acolhedora para a família e amigos”, pontua. >
Já na loja Leões da Construção, na Pituba, são os produtos para acabamento os mais requisitados pela clientela. “São produtos como tintas e pisos, relacionados a pequenas reformas. Mas, tem também um crescimento de 15% dos produtos brutos, para a primeira base da construção”, revela Alana, administradora da loja. >