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Deputado baiano e tenente-coronel da PM são denunciados pelo MP por lavagem de dinheiro

MP pediu indisponibilidade dos bens de acusados e afastamento do policial militar da corporação

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 14:08

Binho Galinha, deputado estadual
Binho Galinha, deputado estadual Crédito: Agência Alba

O MInistério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o deputado federal Binho Galinha e o tenente-coronel da Polícia Militar José Hildon Brandão por suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), o parlamentar é líder de um grupo miliciano que atua na região de Feira de Santana.

A denúncia, apresentada na segunda-feira (24), é um novo desdobramento da ‘Operação El Patrón’, que foi iniciada em dezembro de 2023, de forma integrada, pelo MP-BA, Polícia Federal, Receita Federal e pela Força Correicional Especial Integrada (Force) da Secretaria de Segurança Pública (SSP). A operação investiga crimes de lavagem de dinheiro, extorsão e exploração do jogo do bicho em Feira de Santana e cidades dos arredores.

Segundo o MP, os acusados teriam ocultado a origem ilícita de um lote no bairro Papagaio, em Feira, adquirido com recursos de atividades criminosas lideradas pelo deputado. A transação ocorreu em setembro de 2022, com pagamento feito em espécie, sem documentação que comprovasse a propriedade do bem pelo vendedor. “Ainda assim, o tenente-coronel se prontificou a realizar a transação e a supostamente efetuar o pagamento, elegendo como meio de quitação justamente o pagamento em espécie, isto é, fora do sistema bancário, via mecanismo que sabidamente impede a comprovação e a verificação do valor verdadeiramente pago, bem como o rastreio da destinação dada aos recursos”, destacaram os promotores de Justiça.

Além da negociação do terreno, o Gaeco apontou outras transações suspeitas envolvendo o tenente-coronel, como a compra de um veículo em janeiro de 2023, também parcialmente paga em dinheiro vivo. Ele não conseguiu justificar a origem dos recursos utilizados nessas operações.

O deputado Binho Galinha é investigado há mais de uma década por suposta liderança de uma organização criminosa envolvida em agiotagem, receptação qualificada e exploração do jogo do bicho. Já o tenente-coronel teria facilitado a ocultação de patrimônio ilícito.

O MP pediu à Justiça a manutenção do afastamento cautelar do tenente-coronel de suas funções na PM e a indisponibilidade de bens dos acusados, visando garantir futura reparação pelos danos causados. Até o momento, 15 pessoas foram denunciadas pelo MPBA como parte dos desdobramentos da operação.

Binho Galinha tem negado as acusações desde o início da operação. Em nota divulgada em dezembro do ano passado, a defesa do parlamentar repudiou o que chamou de "qualquer juízo antecipado sobre os fatos em julgamento" e disse que ele se defenderia no momento adequado. A reportagem não localizou a defesa do tenente-coronel José Hildon Brandão.