Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Oficina com Rainha Loulou ensina como montar uma drag queen em Salvador

Ação faz parte da celebração de 35 anos do Centro Técnico do Teatro Castro Alves, que terá mais oficinas gratuitas até dezembro

Publicado em 5 de setembro de 2023 às 21:42

Rainha Loulou ministra oficina no Centro Técnico do Teatro Castro Alves
Rainha Loulou ministra oficina no Centro Técnico do Teatro Castro Alves Crédito: Ana Lúcia Albuquerque/CORREIO

Setembro está sendo o terceiro mês da série de oficinas formativas e gratuitas em celebração dos 35 anos de fundação do Centro Técnico do Teatro Castro Alves (CT/TCA). Durante a tarde nesta terça-feira (5) foi ministrada pela Rainha Loulou, a turma de “Como montar a sua drag” ofertada para 30 alunos. As quatro horas da oficina contaram com histórias da vivência da drag queen, além de dicas e ensinamentos sobre perucas, figurinos e maquiagem.

Com metade das vagas preenchidas, Rainha Loulou começou a oficina com uma conversa entre as alunas e alunos presentes, trazendo um pouco sobre sua experiência que conta com mais de 22 anos abrilhantando a cena LGBTQIAP+ de Salvador em diversos palcos, projetos, e produções audiovisuais. Vivida por Luiz Santana, Rainha Loulou trouxe suas expertises como figurinista, aderecista, maquiador e ator para as participantes da oficina.

“Como eu sempre falo, até falei na oficina, o drag queen não é uma fantasia, não é uma montação apenas para você fazer e ir para uma festa e tal. Acho que a drag queen é uma vivência, não importa que você vá fazer isso apenas por um dia como uma experiência, mas é uma vivência. Então o que é preciso? Ter vontade, ousadia e coragem para enfrentar tudo que você pode ter que lidar enquanto você está como drag”, diz Loulou.

Por possuir mais de 10 anos ministrando oficinas, ela conta: “Como são apenas quatro horas de oficina, não dá para abarcar todo o conteúdo que envolve uma montação. Eu procuro desmistificar e explicar o que é esse trabalho de fato, experimentando e falando sobre figurino, aí eu vou trazendo os meus para mostrar como foi feito, como usar, como se veste uma drag, como que criei a minha identidade visual e a mesma coisa com as perucas, com os saltos e com a maquiagem”

Dividida em prática e teórica, Loulou mostrou seu carisma ao passar seus ensinamentos com dicas essenciais da arte drag queen e da maquiagem, que mostrou seu repertório como maquiador para falar tanto de maquiagem artística, quanto social e de performance.

A jornada imersiva no universo da arte drag queen proporcionou uma experiência inicial e envolvente. “É um curso bem introdutório que apresenta a parte de maquiagem, figurino e uma passagem sobre a arte drag sem aprofundar muito. Foi um local de rememorar conceitos e entender detalhes de coisas que eu estava com alguma dificuldade, como posicionar os cílios, onde começar o iluminador”, conta Beni que já se montava como drag, mas que buscou a oficina nas redes sociais para relembrar a arte.

Diferente de Leila, que mesmo já tendo ido a shows, nunca havia se montado e passou pela experiência como modelo da Rainha Loulou durante a prática. “Achei muito interessante porque as informações foram importantes para mostrar o quanto essa arte pode ser inclusiva, principalmente pra mulheres. Que é um preconceito que existe. Então é interessante que essa divulgação seja feita porque é uma arte que pode ser para todos e todas, eu adorei”, diz Leila.

Até dezembro serão ofertadas mais oficinas gratuitas no CT/TCA que sempre dedicado à pesquisa, formação, qualificação, criação, produção, sistematização e difusão de informações sobre engenharia do espetáculo, estará atendendo uma demanda de muitas pessoas dentro do próprio Centro Técnico.

A segunda oficina do mês ocorrerá no dia 21 (quinta-feira) e se chama “Processo criativo em cenografia”, com Zuarte Jr., cenógrafo, figurinista e artista plástico, porém já está com as vagas preenchidas. “Disponibilizamos 15 vagas e logo depois que a gente abriu, meia hora, a gente já estava com todas as vagas esgotadas. Então eu imagino que assim como essa de como montar sua drag, né? Vai ser um sucesso.”, conta a coordenadora do CT/TCA, Eliane Gomes.

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo