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Em Salvador, projeto leva Libras às ruas e deixa cidade mais acessível

Coletivo promove ações culturais de junho a dezembro com foco na inclusão de surdos e grupos historicamente marginalizados

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 6 de junho de 2025 às 12:07

Projeto
Projeto "Rua sinalizada" Crédito: Divulgação

A cidade de Salvador será palco de uma série de intervenções artísticas e culturais voltadas à acessibilidade entre os meses de junho e dezembro. A iniciativa "Rua Sinalizada: Ações em Libras para uma cidade-ateliê", organizada pelo coletivo Rua Sinalizada, busca provocar discussões sobre inclusão e acessibilidade nos espaços urbanos, tendo como foco pessoas surdas, pretas, mulheres, indígenas, quilombolas, LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência. Todas as ações contarão com intérpretes de Libras e audiodescrição aberta.

O projeto é liderado por quatro amigos envolvidos com a comunidade surda, Elinilson Soares, Cintia Santos, Daisy Souza Santos e Lucas Sol, e nasceu em 2021 como desdobramento do compromisso dos idealizadores com a arte e com a transformação do espaço urbano em um território mais inclusivo. Desde então, o grupo promove atividades que integram surdos e ouvintes em experiências ligadas às artes visuais e à música.

As primeiras ações acontecem neste mês. No sábado, 7 de junho, às 14h, o Museu de Arte Moderna da Bahia recebe a estreia, com a criação de placas itinerantes que expressam desejos e necessidades em relação ao espaço urbano. Já no domingo, 15 de junho, também às 14h, o Parque da Cidade será o cenário de um piquenique acessível com oficinas de Libras e palestras ao ar livre.

Ao longo dos próximos meses, a programação seguirá em diferentes pontos da cidade. Em julho, no dia 5, o “Menu Poético” propõe um cardápio de poesias em Libras e português. No dia 20, as “Janelas de Libras” ocuparão o Centro Histórico com relatos de histórias contadas a partir das janelas.

Em agosto, o Parque da Cidade recebe uma ação de mapeamento afetivo no dia 2, incentivando os participantes a criar mapas em folhas secas recolhidas nas ruas. No dia 17, o Parque da Lapinha sedia o “Improvisual”, com jogos de improviso comandados pelo público.

Projeto
Projeto "Rua sinalizada Crédito: Divulgação

As atividades de setembro marcam o Mês da Visibilidade Surda. No dia 6, a ação “Dissecando a Cena” será realizada no Porto da Barra, reunindo poesias e cenas construídas coletivamente com base em vivências dos participantes. No dia 21, o grupo volta ao MAM para mais uma oficina de placas itinerantes.

Outubro também terá duas ações: no dia 5, o piquenique acessível chega ao Jardim de Alah; no dia 19, o “Menu Poético” será levado ao Mercado Modelo. Em novembro, o projeto retorna ao Centro Histórico com o “Janelas de Libras” no dia 2 e promove outro mapeamento afetivo no dia 16, desta vez na Barra.

O encerramento do projeto está marcado para dezembro. No dia 7, o “Improvisual” será apresentado na Praça da Sé. Já no dia 21, o ciclo se conclui com uma nova edição do “Dissecando a Cena”, novamente no Museu de Arte Moderna da Bahia.

Para Cintia Santos, integrante do coletivo, o projeto vai além da arte: “O projeto ‘Rua Sinalizada’ representa um esforço significativo para promover a inclusão e a acessibilidade nos espaços urbanos através da arte, da cultura e da linguagem. Com uma série diversificada de ações planejadas, este projeto tem o potencial de transformar a maneira como vemos e interagimos com a cidade, tornando-a mais acolhedora e inclusiva para todos os seus habitantes.”

A realização é viabilizada com recursos do edital Gregórios – Ano IV, por meio da Fundação Gregório de Mattos, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e da Prefeitura de Salvador, além da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), do Ministério da Cultura e do Governo Federal.