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Empresário é condenado a seis anos de prisão por homofobia na Bahia

Ele também foi sentenciado pelos crimes de lesão corporal grave e ameaça

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 27 de junho de 2025 às 13:32

Empresário destruía barricada que impedia acesso à praia, quando foi chamado a atenção
Empresário destruía barricada que impedia acesso à praia, quando foi chamado a atenção Crédito: Reprodução

O empresário Herbert Moreira Dias, conhecido como Beto Meira, foi condenado pela Justiça a seis anos e nove meses de prisão pelo crime de homofobia. Denunciado pelo Ministério Público do Estado da Bahia, Beto, que é proprietário da rede de Supermercados Meira, com unidades em Ilhéus e Itabuna, e que possui imóveis em Barra Grande, também foi sentenciado pelos crimes de lesão corporal grave e ameaça, que foram cometidos, na mesma ocasião, contra Lucas Márcio Bahia e Carlos Alberto Novaes,  na localidade de Barra Grande, no município baiano de Maraú. A decisão da justiça foi divulgada na semana em que se comemora o “Dia Internacional do Orgulho LGBT” (28 de junho).

O crime ocorreu em 5 junho de 2021, quando as vítimas transitavam por uma via e perceberam o réu incomodado e esbravejando frente a um bloqueio colocado pelo Município para impedir a passagem de veículos até a praia. De acordo com a denúncia do Ministério Público, as vítimas tentaram explicar o motivo a Herbert Moreira Dias, que se incomodou e acabou proferindo expressões homofóbicas, praticando discriminação e preconceito por motivos de orientação sexual contra elas. Em um vídeo gravado por na época, Herbert corta a barreira feita de madeira com uma serra elétrica, um dos acessos bloqueados pela prefeitura. 

O cenário de discriminação se repetiu à noite, quando o réu retornou ao local e, novamente, dirigiu-se às vítimas, chegando a agredir uma delas com um soco no rosto, provocando fratura no nariz, o que a incapacitou para as ocupações habituais por mais de 30 dias. Na sentença, a juíza Thatiane Soares registra que “o réu, em vez de utilizar os canais civilizados e legais para contestar o ato administrativo, como um requerimento à Prefeitura ou uma medida judicial, escolheu o caminho da violência e da discriminação. Ele não atacou a política, mas as pessoas, utilizando-se da orientação sexual delas como arma para humilhar, subjugar e desumanizar”.