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Especialistas afirmam que metástase não é sentença de morte; veja quem convive com a doença

Doença é a fase mais avançada do câncer, mas há casos de cura

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 27 de agosto de 2024 às 09:00

Preta Gil
Preta Gil Crédito: Reproduçaõ

Após a cantora Preta Gil anunciar o retorno do diagnóstico de câncer – agora em estado mais avançado, em quatro localizações diferentes – através de um vídeo veiculado no Instagram, no último domingo (25), os seguidores da celebridade demonstraram preocupação pelo quadro de saúde, mas sobretudo pela menção à metástase. A condição, que indica o estado de ‘disseminação’ do câncer para outros órgãos, é o estado mais avançado da doença, mas não é uma sentença de morte, conforme afirmam os especialistas ouvidos pela reportagem.

Marcos Lyra, oncologista clínico do Hospital da Mulher e Oncologia D’Or, primeiro destaca a importância da conceituação da doença. “Metástase é o processo pelo qual células cancerosas se espalham de seu local de origem para outras partes do corpo. Isso ocorre quando células malignas se desprendem do tumor primário, entram na corrente sanguínea ou no sistema linfático, e formam novos tumores em órgãos ou tecidos distantes.

“A presença de metástase, embora indique que o câncer está em uma fase avançada, não é necessariamente uma sentença de morte. O impacto da metástase no prognóstico varia muito dependendo de vários fatores como o tipo de câncer, o número, tamanho e localização das metástases, assim como características físicas do paciente e sua resposta ao tratamento”, completa Lyra.

Vinicius Carrera, que também é oncologista, concorda e complementa que, em alguns casos, é possível que o paciente consiga a cura da doença. “Hoje, existem algumas doenças oncológicas que, mesmo com metástase, conseguimos curar. É verdade que é exceção, já que na maioria das vezes em que há metástase, só tem como controlar a doença, mas existe algumas exceções. Inclusive, câncer de intestino, quando tem até três metástases apenas para o fígado, é possível curar uma proporção significativa”, ressalta.

O tratamento varia conforme o tipo da metástase e o caso clínico de cada paciente. As principais abordagens são relacionadas a tratamentos sistêmicos (quimioterapia, terapia-alvo, imunoterapia), tratamentos localizados (cirurgias, radioterapia, ablação), controle de sintomas e ainda possibilidade de participação em pesquisas clínicas.

“Embora as metástases geralmente indiquem maior gravidade, muitos pacientes conseguem viver por anos com metástases, mantendo uma boa qualidade de vida com o tratamento adequado. Em alguns casos, o câncer metastático pode ser controlado como uma doença crônica, com períodos de remissão e recaída”, finaliza Marcos Lyra.

Celebridades convivem com a doença

Esse é o caso da apresentadora Ana Maria Braga, que após se curar de quatro cânceres, foi diagnosticada, em 2020, com câncer no pulmão, com metástase no crânio. Ela se submeteu a um tratamento de imunoterapia, que tem por objetivo combater o avanço da doença por meio da ativação do sistema imunológico do paciente e obteve resultados positivos. O oncologista da apresentadora chegou a dizer, em março deste ano, que exames mostraram uma mudança significativa no quadro e aumentaram as chances de cura para mais de 90%.

Quem também convive com a doença é a cantora gospel Camila Campos, que descobriu, no mês de julho, que o câncer de mama descoberto durante a gestação está com metástase. Ela, que estava grávida de sete meses à época e já deu luz à segunda filha, fez um comunicado no Instagram. Desde então, iniciou o tratamento e, no último domingo (25), publicou uma foto comemorando o primeiro mês de vida da filha, na rede social.

*Com orientação da subeditora de reportagem Monique Lôbo