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Fãs baianos da Starbucks sofrem com a possibilidade de encerramento

Operadora da marca no Brasil entrou com pedido de recuperação judicial no dia 31 de outubro

  • R
  • Raquel Brito

Publicado em 10 de novembro de 2023 às 05:40

Starbucks chegou a Salvador esse ano
Starbucks chegou a Salvador este ano Crédito: Marina Silva/CORREIO

Quando descobriu que a Starbucks chegaria em Salvador, a empresária Sandra Cristina Borges, de 55 anos, logo se animou. Fã da marca há 15 anos, desde que experimentou durante uma viagem aos Estados Unidos, hoje ela não vive sem o cappuccino da loja e aproveita cada ida ao shopping para garantir o produto.

Por isso, ao saber da possibilidade de encerramento das atividades da marca na cidade, Sandra diz ter ficado triste. “Vou ter de viajar para poder tomar meu cappuccino de canela”, lamenta. “Não sei explicar [o diferencial da Starbucks], mas para mim o sabor é perfeito. Amo as canecas e os copos. Inclusive tenho algumas, e todos os dias de manhã uso uma delas pra tomar meu café em casa”.

A preocupação de Sandra vem desde o fim do mês passado, quando a empresa SouthRock, responsável no Brasil por marcas como Starbucks, Subway e Eataly, entrou com pedido de recuperação judicial devido a problemas financeiros – uma dívida de R$1,8 bilhões. Após o pedido, 43 unidades da Starbucks ao redor do país fecharam as portas.

A recuperação judicial é uma ferramenta jurídica criada em 2005 para empresas que estão passando por dificuldades e têm capacidade de se recuperar. Diversos fatores podem levar a uma crise empresarial, como mudanças de mercado, aumento de juros, perda de rentabilidade e conflitos entre sócios. Existem ferramentas para evitar chegar na recuperação judicial, como negociações, mediações a até a recuperação extrajudicial. Quem explica é Victor Dutra, advogado e especialista em Direito Empresarial.

Dutra explica que o pedido de recuperação pode impactar o funcionamento da cafeteria em Salvador de diferentes formas. “Se as lojas estiverem dando prejuízo, é possível que fechem. Se a SouthRock não conseguir manter o uso da marca, pode ser que troquem de ‘marca’, caso queiram continuar operando”, diz.

As estudantes Beatriz Couto e Vivian Sarconi, de 14 anos, conheciam a Starbucks mesmo antes de abrir em Salvador, frequentando as do Rio de Janeiro. Segundo Beatriz, o fim das unidades da Starbucks em Salvador seria uma grande perda, logo agora que o café finalmente está perto de casa.

“Seria bem triste, porque eu acho que a Starbucks tem características próprias. O refresher, por exemplo, é uma bebida que eu nunca vi em nenhuma outra cafeteria. Eles têm várias coisas, como a lojinha [de itens relacionados à marca]. Têm coisas únicas do Starbucks, com essa pegada mais americana, que não é tipo uma proposta integrada em outras cafeterias”, afirma a jovem. O refresher, bebida mencionada por ela, é uma bebida gelada com base de chá verde e pedaços de morango.

Para Paula Lins, advogada de 46 anos, a Starbucks é um ponto que não pode faltar em suas viagens. De João Pessoa, na Paraíba, ela está em Salvador por apenas três dias e a cafeteria foi um dos destinos indiscutíveis.

“Sempre que eu viajo para fora do Brasil, essa é a cafeteria que eu escolho, então essa é minha referência. Quando eu estou numa capital do Brasil que tem esse café, parece que eu estou viajando no exterior. É uma memória afetiva. A qualidade é sempre constante, os produtos têm sempre o mesmo sabor, então eu sei o que vou encontrar”, conta.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo.