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Fumaça de queimadas afeta a saúde respiratória; saiba os riscos e como evitar

A Bahia mais que dobrou os focos de queimadas nos últimos 5 anos

  • V
  • Vitor Rocha

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 06:30

Queimadas em Morro do Chapéu
Queimadas em Morro do Chapéu Crédito: Divulgação

Com o aumento de 140% nos focos de queimadas na Bahia registrado Instituto Nacional de Políticas Espaciais (INPE), as fumaças produzidas pelos incêndios continuam um problema. A poluição no ar prejudica a saúde de muitos baianos, em especial aqueles com doenças respiratórias. 

A pneumologista Larissa Voss informa que o ar proveniente das queimadas é tóxico a todos. "Uma fumaça contém muitos materiais tóxicos que, quando inalados, podem piorar questões respiratórias de qualquer pessoa, em especial, pacientes que já têm problemas respiratórios crônicos como asma, bronquite crônica, enfisema, rinite e sinusite", afirma. 

Para Lis Meira, portadora de rinite alérgica e moradora de Ipiaú, cidade localizada no sul do estado, cada mudança no ar é motivo de preocupação. "As fumaças me sufocam. É uma sensação de falta de ar inacreditável. Respirar fica incômodo. Se a cidade ficar infestada com isso eu não vou conseguir nem sair direito", relata. A professora, que convive com a doença desde a adolescência, diz que sofre com incêndios frequentes na região de sua casa. "É uma área muito arborizada, então todo excesso de folhas é queimado, muitas vezes junto ao lixo doméstico", conta.

O pneumologista Álvaro Cruz acrescenta que as crianças e os idosos estão mais vulneráveis a problemas no aparelho respiratório, mas destaca que a exposição à fumaça pode afetar outras regiões do corpo. "Dependendo do grau de poluição, os olhos e outros órgãos também podem ser acometidos. Em casos mais agudos, há risco de acidentes cardiovasculares", ressalta.

Outro problema apontado é a possibilidade de asfixia por conta do monóxido de carbono liberado pela fumaça. Em determinados casos, a intoxicação pode ser fatal. "O paciente morre asfixiado pela fumaça por causa do monóxido de carbono. O monóxido de carbono tem grande afinidade com a hemoglobina, então ele compete com o oxigênio para se grudar na hemoglobina e acaba asfixiando a vítima", explica Voss.

Para prevenir e evitar maiores complicações, a pneumologista sugere as seguintes medidas: "Quando a fumaça está pelo ar de uma forma muito grave, é bom evitar a atividade física ao ar livre, evitar exposição na rua, andar sempre de máscara, em especial a N95, que filtra melhor o ar. Além disso, é bom ir ao médico fazer uma reavaliação", recomenda.

Com orientação da subeditora Monique Lôbo