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Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2024 às 16:16
A administração do Hospital Municipal do Homem (HMH) ficará sob responsabilidade das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). A unidade foi inaugurada nesta sexta-feira (5), em Monte Serrat, e vai atender casos de alta complexidade. O atendimento será voltado para áreas masculinas, como urologia e cirurgia de próstata, mas também realizará cirurgias vasculares, o que inclui mulheres. O investimento foi de R$ 35 milhões, em reformas e compra de equipamentos e mobiliários. >
O HMH fica no mesmo prédio onde funcionava o Hospital Sagrada Família. A atuação será nas áreas de cirurgia geral, cirurgia vascular, urologia, clínica médica, terapia intensiva, radiologia e radiologia intervencionista. São 140 leitos clínicos-cirúrgicos, dos quais 20 leitos de Terapia Intensiva Adulto, e mais 10 leitos de Hospital Dia, totalizando, portanto, 150 leitos. A agência transfusional e ambulatório com oito consultórios indiferenciados têm capacidade instalada para 3.850 consultas mensais. >
A superintendente da Osid, Maria Rita Lopes Pontes, afirmou que o contrato com o Município tem validade de dois anos, e que após esse período aguarda poder participar da licitação para dar continuidade ao trabalho. Ela afirmou também que o serviço é importante, porque existe uma demanda reprimida no sistema de saúde e que a Osid já tem essa expertise nessa área. >
“É um serviço muito especial para os homens, na parte de urologia, vascular, que são alguns dos problemas mais graves nas nossas UPAs. O serviço que será prestado aqui vai resolver essa demanda. Nós temos residência em urologia e futuramente teremos também residência em cirurgia vascular. Acredito que com essa unidade ganha a classe médica, a comunidade e a sociedade por ter mais esse serviço”, afirmou. >
Haverá ainda dois centros cirúrgicos: um centro cirúrgico com cinco salas operatórias para as especialidades de cirurgia geral e cirurgia vascular; e o Centro Cirúrgico do Homem, com três salas operatórias e capacidade para quase 1,5 mil cirurgias urológicas por ano. Segundo o Município, o custeio mensal para o funcionamento do HMM será de R$10 milhões mensais. >
Adaptação >
Durante a pandemia de covid-19 a prefeitura de Salvador requisitou administrativamente o Hospital Sagrada Família e o local foi transformado em uma unidade para tratamento exclusivo de pacientes com coronavírus. Ao final da requisição, o Município decidiu implantar na unidade um conjunto estruturado de assistência à saúde na atenção especializada com ênfase nas especialidades de alta Complexidade de Urologia, Vascular e Cirurgia Geral.>
O prefeito Bruno Reis (União Brasil) contou que a parceria com a Osid para a administração do hospital de campanha foi fundamental para salvar vidas e destacou a importância do novo hospital para atender uma grande demanda existente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital baiana. >
“Lá atrás, a cidade não tinha condição de ter sequer um hospital. Hoje, inaugura o seu terceiro; e até o final do ano vai inaugurar o quarto. A ideia desse hospital, voltado para o homem, surgiu quando a vice-prefeita (Ana Paula Matos) disse que pacientes estavam aguardando até 60 dias nas UPAs por regulação para cirurgias vasculares, urológicas, e muitos poderiam morrer esperando”, afirmou o gestor. >
O HMH tem um aparelho de laser de Alta Potência considerado uma referência, porque através dele é possível realizar cirurgias de próstata e cálculos renais de forma menos invasiva. Segundo o secretário municipal de Saúde, Alexandre Reis, a técnica traz menor risco de complicações e sangramentos e uma recuperação mais rápida para os pacientes. “O laser de alta performance não existe em nenhum hospital público do estado e vai proporcionar um giro de leito muito mais rápido”, disse o secretário.>
Durante o evento, o prefeito informou que no Hospital Maternidade e da Criança, com obras em andamento, haverá dois andares para cirurgias eletivas exclusivas para mulheres. A previsão de entrega da primeira maternidade municipal é até o final do ano.>