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Carol Neves
Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 15:14
A Justiça concedeu a prisão domiciliar para o gerente suspeito de envolvimento na morde de dois funcionários de ferro-velho que estão desaparecidos em Salvador. Wellington de Oliveira Barbosa, mais conhecido como Cabecinha, vai cumprir medidas como uso de tornozeleira eletrônica. A decisão é da quinta-feira (19). >
A Justiça tomou a decisão durante uma audiência de custódia. A defesa do suspeito apresentou um laudo médico que comprova que ele tem hanseníase e precisa de cuidados médicos especializados. Para o juiz do caso, isso justifica a prisão domiciliar do suspeito. >
A investigação aponta Wellington como um dos suspeitos pelas mortes de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, 25. Os dois viram vistos pela última vez em 4 de novembro desse ano, quando foram trabalhar no ferro-velho no bairro do Pirajá. Os corpos nunca foram encontrados, mas para a polícia os dois foram mortos. >
Outro suspeito pelo crime, o policial militar Josué Xavier Pereira, mais conhecido como Maguila, vai continuar preso. Já o dono do ferro-velho, Marcelo Batista, continua foragido. >
Crime>
Paulo Daniel e Matusalém desapareceram no ferro-velho onde trabalhavam e desde a data as famílias denunciam o sumiço, já apontando o dono do local como um possível suspeito. Laudos da polícia indicam que os dois funcionários foram mortos dentro do estabelecimento. >
"Hoje tivemos êxito de alcançar duas pessoas envolvidas nessa empreitada criminosa. As investigações continuam. Eles seriam coautores. Esses indícios que surgiram, a partir de laudos periciais que foram encontrados vestígios materiais biológicos desses dois jovens, juntamente com outros indícios, a exemplo das filmagens do ferro-velho destruídas, nos trazem fortes elementos de nos indicar que se trata de homicídios", declarou o diretor-adjunto do DHPP, delegado Oscar Vieira, no dia em que Maguila e Cabecinha foram presos. >
Além de Wellington e Maguila, o dono do ferro-velho e ex-PM Marcelo Batista da Silva também teve a prisão preventiva decretada e está foragido. Marcelo é investigado na morte de outros dois funcionários que trabalhavam no ferro-velho, um homem e uma mulher. Questionado se os presos de hoje participaram deste crime, o delegado respondeu: "A gente vai preferir não avançar em determinadas questões para não atrapalhar o decurso dessas investigações".>