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Esther Morais
Publicado em 25 de abril de 2025 às 17:39
Quarenta e duas pessoas foram conduzidas à delegacia nesta sexta-feira (25) por envolvimento em um golpe de falso consórcio em imóveis de Salvador. A ação faz parte da segunda fase da Operação Falso Consórcio, deflagrada para combater a atuação de empresas de fachada na capital baiana. >
Os procedimentos estão sendo lavrados na sede do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) para a responsabilização dos envolvidos.>
Segundo a corporação, as investigações identificaram uma organização criminosa estruturada e hierarquizada, dedicada à aplicação de golpes com falsos consórcios de imóveis, veículos e outros bens. O grupo atraía vítimas por meio de anúncios enganosos em plataformas digitais, oferecendo produtos inexistentes com condições supostamente vantajosas.>
Logo após o primeiro contato virtual, os consumidores eram convidados a comparecer às sedes das empresas, localizadas em um prédio comercial na Avenida ACM. No local, os suspeitos orientavam as vítimas sobre o funcionamento dos consórcios e, em alguns casos, promoviam visitas a bens que não existiam. As negociações seguiam até que as vítimas realizassem os repasses financeiros, sem nunca receber qualquer documentação que comprovasse a legalidade da transação.>
Durante as ações, os policiais apreenderam contratos, notebooks, celulares, máquinas de cartão e outros materiais usados para operacionalizar os golpes. O prejuízo estimado das vítimas, somando as duas fases da operação, é de aproximadamente R$ 3 milhões.>
Além de estelionato, os investigados podem responder também por propaganda enganosa, exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa.>
Cinco pessoas foram presas por suspeita de propaganda enganosa, estelionato e organização criminosa, durante a primeira fase da operação, deflagrada no dia 26 de março deste ano. A quantia de R$ 18 mil, pen drives, dois carros, contratos de consultoria financeira, cadernos de anotações, notebooks e carregadores, máquinas de cartão de crédito, CPUs e celulares foram apreendidos durante as diligências. >
Os flagrantes na primeira fase ocorreram após a denúncia de um influenciador digital que foi vítima do golpe praticado pela organização criminosa. Ele comprou um apartamento que nunca foi entregue.>
As investigações seguem e novas denúncias continuam sendo recebidas. A Polícia Civil reforça seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e a responsabilização de todos os envolvidos.>