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Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2024 às 11:41
O caso do dono de uma academia de tênis em Salvador que foi denunciado pela ex por supostamente abusar sexualmente da própria filha, de 3 anos, ganhou mais um capítulo. Após a denúncia vir à tona nas redes sociais e ser reaberta pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), a Justiça negou a medida protetiva da criança, solicitada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e concedeu visitas assistidas por 14h semanais entre o genitor e a menina. >
As informações foram confirmadas pela mãe da garota, a fonoaudióloga Tamires de Sousa Reis. Ela recorrerá da decisão judicial. "A luta continua. Vou continuar lutando pela minha filha até o fim. O que me deixa mais estarrecida é que temos relatório psicológico, das psicólogas que acompanham minha filha, informando e descrevendo o comportamento dela todas as vezes que ela tem contato com o pai. Ela fica irritada, agressiva, se automutila", desabafou. Ela ainda reclamou que recebeu depoimentos na escola sobre o comportamento da criança, mas as informações não foram relatadas no processo. >
Em nota, a defesa de Paulo Roberto Santos de Souza Filho, pai da menina, informou que ainda não foi informada dessa decisão, mas já esperava que a medida protetiva fosse negada. "Nunca houve qualquer tipo de agressão ou abuso por parte do pai com a criança. O que houve foi um sentimento de vingança da mãe a partir de quando o pai passou a ter um novo relacionamento", apontou. O advogado ainda ressaltou que a criança não comparece à escola desde o último dia 15 e está sem qualquer contato com Paulo.>
Procurado, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) apenas ressaltou que os processos relacionados à crime contra criança/adolescente e violência contra a mulher tramitam em segredo de justiça. Já o MP-BA esclareceu que está acompanhando o cumprimento das investigações requeridas à Delegacia de Polícia no dia 22 de julho. Assim que elas forem concluídas, o inquérito policial deverá ser remetido ao órgão, que avaliará as medidas cabíveis.>
A Polícia Civil não se pronunciou até a última atualização da matéria. >
A mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira, também publicou um vídeo nas redes sociais cobrando resultados para as denúncias da fonoaudióloga Tamires Reis. "O que a Justiça está esperando? Vocês terem um corpo? Um cadáver? Para que aí vocês possam analisar e não fazer nada com a pessoa?", questionou. Tamires revelou que tem conversado com Ana Carolina sobre o caso. >
"Esse relato me deixou assustada! É lamentável nos depararmos com esse tipo de caso e saber que a justiça não está sendo feita. Algo precisa ser feito urgentemente!", acrescentou, em texto.>
Ana Carolina ficou conhecida em todo o Brasil em 2008 por conta da morte de sua filha, Isabella. A criança, de apenas cinco anos, foi assassinada por seu pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá. A menina foi morta por eles e arremessada da janela do apartamento, concluiu a investigação.>