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Justiça considera ilegal greve dos professores em Salvador e determina suspensão do movimento

Aulas devem retornar em 24h

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 7 de maio de 2025 às 16:53

Prefeitura de Salvador
Prefeitura de Salvador Crédito: Lucas Moura/ Secom

A Justiça declarou, nesta quarta-feira (7), a ilegalidade da greve dos profissionais de educação da rede municipal de ensino de Salvador, que foi deflagrada pela APLB-Sindicato, na última terça-feira (6).

O juiz Adriano Augusto Gomes Borges, da Seção Cível de Direito Público do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), ordenou, em decisão liminar, a imediata suspensão do movimento e o retorno dos servidores às atividades num prazo de 24 horas, sob pena de multa diária de R$15 mil ao sindicato.

Em sua decisão, o juiz disse que a greve impacta gravemente crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, sobretudo no contexto de recomposição de aprendizagem pós-pandemia e na interrupção de serviços como a alimentação escolar.

O magistrado acatou os argumentos apresentados pelo Município de Salvador, autor da ação, e reiterou que o direito de greve não é absoluto, devendo ser compatibilizado com outros direitos fundamentais, sobretudo o de acesso à educação.

Na decisão, ele ainda ressaltou que a greve foi deflagrada pela APLB mesmo com a continuidade das negociações e com a apresentação de proposta de reajuste salarial por parte do município, que é a principal reivindicação da categoria.

“O exame da prova documental conduz à conclusão de que a Prefeitura Municipal de Salvador havia apresentado proposta formal de reajuste salarial de 4%, fracionada em duas parcelas, e permanece aberta ao diálogo e à continuidade da negociação, o que demonstra [...] a ausência da condição legal de frustração negocial exigida para uma deflagração legítima de greve”, diz o texto da decisão liminar.

Com a decisão, a Justiça também autorizou o Município de Salvador a realizar descontos salariais relativos aos dias não trabalhados pelos profissionais, nos termos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que permite tal medida em casos de greves ilegais, ressalvando a possibilidade de compensação futura.

Em áudio divulgado pela APLB-Sindicato, o coordenador geral Rui Oliveira afirmou que a entidade não tomou conhecimento e não foi citada pela Justiça sobre a greve. "Portanto, no nosso entendimento, a greve continua. Amanhã [quinta-feira (8)], todos têm um ato na Praça da Inglaterra, a partir das 9h, na Smed [Secretaria Municipal de Educação]. Todos lá, a greve vai continuar".