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Líderes religiosos da Bahia apontam expectativas para 2024

Esperança pela paz une todas as crenças

  • R
  • Raquel Brito

Publicado em 4 de janeiro de 2024 às 07:45

O material usado foi isopor, e símbolos religiosos foram gravados em cada uma das letras fazendo referência ao cristianismo, candomblé, e judaísmo, entre outras crenças.
Monumento instalado no Bonfim pelo fim da intolerância religiosa em 2021. Símbolos religiosos foram gravados em cada uma das letras fazendo referência ao cristianismo, candomblé e judaísmo, entre outras crenças Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Usar roupa branca, pular sete ondinhas, comer uvas na virada. Com a chegada de um novo ano, cada pessoa tem as suas tradições para tentar garantir que os próximos 365 dias – ou 366 no caso dos bissextos, como 2024 – sejam de sucesso. Na fé, os rituais para iniciar o ano com o pé direito vão de missas a presentes para os orixás. Entre os líderes religiosos, o desejo pela paz une todas as crenças.

“Violência, guerra no mundo e muitas mortes aconteceram aqui em Salvador, muitos inocentes perderam a vida. O desejo comum de todos, eu penso, é que nós tenhamos um ano de mais tranquilidade, em que as pessoas realmente possam ir e vir. Hoje, o medo toma conta de todos, existe um temor muito grande das pessoas de circular em determinados ambientes, de sair certas horas da noite”, afirma o Padre Edson Menezes, reitor da Basílica do Senhor do Bonfim.

O pároco ressalta a importância do desejo de união externalizado pelo Papa Francisco, tanto para a Igreja como para toda a população. “O Papa Francisco tem usado muito essa expressão, 'caminhar juntos como irmãos', favorecendo a comunicação, o diálogo entre as pessoas, a proximidade, a disponibilidade para conviver pacificamente com o diferente, respeitando o outro do jeito que o outro é, com a sua opção religiosa, sexual e de vida. Que haja esse respeito e que possamos nos considerar amigos e irmãos, evitando todo tipo de atrito, ódio, desavença, discórdia, divisão”, reflete.

No quadro baiano, o padre reitera o peso do racismo, da intolerância e do preconceito. Para ele, tudo isso precisa ser superado e a Bahia deve cultivar uma cultura de paz e de encontro.

Já a pastora Vanusia Cedraz conta que espera para 2024 que a intolerância na Igreja diminua. “É muito forte, por exemplo, o preconceito em relação à homossexualidade. Nós temos a base bíblica, mas não cabe à Igreja e nem às pessoas ter preconceito com quem tem suas opções de vida. Jesus não faz concepção de pessoas. A minha esperança é que aprendam que é possível amar as pessoas com todas as suas diferenças”, diz.

Líder espírita e médium, José Medrado acredita na lei de causa e efeito: não existe um 2024 estabelecido previamente, e sim várias possibilidades, definidas pelas consequências dos atos de cada um. “A expectativa que acalentamos é sempre de que as pessoas se mobilizem para o que elas querem que se concretize, não esperar um efeito externo, aguardar que algo venha. A gente ouve muito ‘desejo toda a paz, prosperidade, saúde para você’. Eu sempre digo assim: ‘eu desejo o que você quer’”, afirma.

Para o axé, 2024 será regido por Exu e Omolu. O Babá André D'Ogum, Babalorixá do Terreiro Casa da Vitória, em Lauro de Freitas, explica que isso significa um ano de justiça, caminhos abertos e inovações na saúde.

“É um ano de descobertas, tanto para o lado financeiro como para o da saúde, em tratamentos. É um ano em que quem fizer coisas erradas será punido, porque a justiça saiu na frente este ano. Os nossos governantes precisam ter muito cuidado, porque podem pagar um preço alto por aquilo que não cumprirem e que não levarem certo. Xangô pune, assim como Omolu e Exu. Aquele que plantou, vai colher”, diz o líder. Segundo ele, a esperança é que seja um período de prosperidade.

*Com orientação de Monique Lôbo.