Luciana Mandelli é demitida do Ipac e causa mal-estar dentro da Secult

O chefe de gabinete da Secult e também historiador Marcelo Lemos assume o Ipac interinamente

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  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 17 de abril de 2024 às 12:26

Luciana Mandelli, ex-diretora do Ipac
Luciana Mandelli, ex-diretora do Ipac Crédito: Fernando Vivas/GOVBA

Foi publicada, nesta quarta-feira (17), no Diário Oficial do Estado, a exoneração da historiadora Luciana Mandelli da diretoria do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac). O ato do secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, causou um mal-estar dentro da pasta.

Integrantes da Secult disseram, reservadamente, por causa do receio de retaliação, que Bruno Monteiro quer trocar os quadros técnicos da pasta para colocar pessoas ligadas a ele. O próximo alvo do secretário seria a diretora-geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Piti Canella.

Revoltado com a saída de Luciana Mandelli do Ipac, um quadro da Secult, sob condição de anonimato, classificou a gestão de Bruno Monteiro como “péssima”. Ao CORREIO, a agora ex-chefe do Ipac evitou falar da sua demissão.

“Em outro momento, a gente conversa. Estou falando com várias pessoas ao mesmo tempo”, afirmou Luciana Mandelli.

Em nota enviada à reportagem, a assessoria de comunicação da Secult disse que Bruno Monteiro agradecia a atuação de Mandelli no Ipac nos últimos 14 meses. “O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, agradece a Luciana por, durante esse período, ter se dedicado tanto e contribuído com as políticas culturais de nosso estado. Sobretudo, a política de museus e salvaguarda de patrimônio. Em sua gestão, celebramos a criação do Museu de Arte Contemporânea da Bahia e muitos avanços”, disse.

O chefe de gabinete da Secult e também historiador Marcelo Lemos assume o Ipac interinamente.