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'Mais organizado, limpo e agradável', diz lojista sobre novo camelódromo

Espaço foi entregue em São Cristóvão e substituiu a antiga feira do Pé Sujo

  • Foto do(a) author(a) Gil Santos
  • Gil Santos

Publicado em 19 de junho de 2024 às 17:00

Camelódromo
Camelódromo Crédito: Marina Silva/CORREIO

Quando a baiana de acarajé Sandra Nascimento, 50 anos, começou a trabalhar em São Cristóvão, o shopping que fica do outro lado da rua nem existia. A Rua Lauro de Freitas, que fica na entrada do bairro, era formada por barracas de madeira e zinco, tabuleiros e outras estruturas improvisadas. Quando chovia, a água represada formava uma lama, o que levou os moradores a batizarem a feira de Pé Sujo.

Nesta quarta-feira (19), Sandra e outros trabalhadores se reuniram para acompanhar a inauguração do Camelódromo Vereador Cândido Risutti, uma estrutura nova com 110 boxes e três quiosques de baianas de acarajé, banheiro e paredes de alvenaria. O local tem cobertura termoacústica, uma novidade implantada pela prefeitura nas últimas entregas. O equipamento é capaz de minimizar o calor e ruídos do trânsito ambiente. A iluminação é em LED.

"Sou filha e neta de baiana de acarajé, então, esse legado já vem há muito tempo. São 28 anos na profissão e esse quiosque é um sonho realizado. Temos banheiro, o espaço está organizado e os clientes têm local para sentar e ficar à vontade. Está mais organizado, mais limpo e mais agradável. Estou muito feliz", afirmou a baiana, moradora de São Cristóvão e dona da marca Vixe Mainha Acarajé da Sandra.

Baiana mostra novo espaço
Baiana mostra novo espaço Crédito: Marina Silva/CORREIO

O camelódromo fica no mesmo local onde funcionava a antiga feira, uma região movimentada do bairro, e tem serviços como lanchonetes, lojas de roupa, de bijuterias, de produtos infantis e de acessórios para celular, entre outros. O prefeito Bruno Reis (União Brasil) percorreu o espaço e conversou com os permissionários. Ele recebeu uma pulseira e uma peça de roupa como presentes.

"O objetivo é trazer dignidade para as 115 famílias que trabalhavam aqui. Elas vão trabalhar em condições melhores, com estrutura isotérmica, que protege do calor e da chuva, com água, iluminação e proteção das mercadorias. Antes, era conhecido como Pé Sujo e, hoje, as pessoas estão chamando de Centro Comercial Pé Limpo", afirmou o gestor.

Bruno Reis frisou que a estrutura também oferece mais conforto para os pedestres, motoristas e motociclistas, porque a organização deixa livre as calçadas e as vias. O motorista por aplicativo Daniel Silva, 33 anos, concorda. "Eu faço sempre um lanche na feira, porque é mais rápido e mais prático. Agora parece que o espaço ficou mais amplo e com mais mesas e cadeiras", contou o trabalhador.

Outras unidades

Além da estrutura entregue em São Cristóvão, o Município listou projetos similares realizados na Feira do Curtume, Mercado Modelo, Relógio de São Pedro e Sussuarana. Há obras em andamento em Paripe, Mussurunga e Narandiba, entre outras regiões. O secretário municipal de Ordem Pública (Semop), Alexandre Tinoco, destacou a importância para a economia e para a melhoria nas condições de trabalho.

“É um comércio que movimenta a economia, que leva o pão para a casa de muitos soteropolitanos. Então, a gente tem intensificado essas entregas, reorganizando e ordenando esses espaços, criando estruturas modernas. Estamos trabalhando em toda a cidade, para trazer mais conforto e segurança para os permissionários, que antigamente trabalhavam em um espaço inadequado, no meio da rua, sob sol e chuva”, disse o secretário.

O projeto do camelódromo foi elaborado pela Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) e o vereador Cândido Risutti foi escolhido como homenageado por ter sido uma liderança de São Cristóvão.

Para a permissionária Eliana Barros, 46 anos, que trabalha há dez anos na rua, o principal benefício é o alívio de não perder o ponto. Ela conta que cresceu ajudando a mãe a vender mingau na feira e, depois de adulta, resolveu investir no ramo de bijuteria. Primeiro, comprando laços para revender, e depois, trazendo produtos de Feira de Santana. Ela já customizou o box 102, o novo endereço de trabalho.

Mercadorias são vendidas por todo camelódromo
Mercadorias são vendidas por todo camelódromo Crédito: Marina Silva/CORREIO

"As barracas eram montadas de madeira e de chapa e a gente sabia que poderia ser retirado a qualquer momento. Hoje, estou mais tranquila. Essa estrutura nos deu dignidade. Agora, sou lojista, não mais camelô", afirma Eliana, provocando risos.

O prefeito também autorizou a elaboração de um projeto para realizar a segunda etapa da obra do camelódromo, que fica do outro lado da rua e que vai contemplar mais 35 comerciantes. No último final de semana, a prefeitura entregou outros 21 quiosques na Arena Planeta, um complexo também localizado em São Cristóvão.