Missa pelos 32 anos de falecimento de Santa Dulce é marcada por emoção dos devotos

Após a missa, um cortejo seguiu até a Basílica do Senhor do Bonfim

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  • Gilberto Barbosa

Publicado em 13 de março de 2024 às 20:21

Missa homenageia os 32 anos defalecimento de
Missa em homenagem aos 32 anos de falecimento de Santa Dulce Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Devotos e admiradores compareceram ao Santuário de Santa Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, em Salvador, nesta quarta-feira (13), para homenagear os 32 anos de falecimento do Anjo Bom do Brasil. O dia foi dedicado às homenagens à primeira santa brasileira; e missas foram realizadas às 7h, 8h30 e 12h. Às 16h, a última cerimônia foi celebrada e, em seguida, os fiéis seguiram em cortejo até a Basílica do Bonfim.

Foi um dia dedicado à fé e a gratidão de quem foi impactado por Santa Dulce. Emocionados, os devotos se ajoelhavam diante da imagem da santa baiana e prestavam orações e agradecimentos. Outro local bastante visitado foi a Capela das Relíquias, onde os fiéis fizeram suas preces e pedidos.

"Hoje é um dia de muita emoção e gratidão. Eu reconheci Santa Dulce como minha santa recentemente e ela me acolheu e me ajudou enquanto eu tratava um câncer. Graças a ela, hoje eu estou curada", afirmou a comerciante Graziela Alcântara.

Outra devota é a dona de casa Vera Lúcia Silva, 70. Ela conta que conheceu Santa Dulce enquanto a freira passava pela região do Largo de Roma: "Ela andava a região inteira e sempre tratou todo muito com muita humildade. Eu só tenho o que agradecer. Essa é a primeira vez que eu venho no dia 13; geralmente, eu faço minha oração em casa. Hoje de manhã, fiz meu pedido e vim ver a missa e seguir o cortejo".

Quem também esteve na missa foi a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos. Para ela, a imagem de Santa Dulce passa uma grande responsabilidade pela maneira que a então freira dedicou a sua vida a cuidar dos mais necessitados. “Poder estar aqui dando um pouco da minha energia e do meu amor em manter a sua memória viva me deixa muito feliz. Eu espero que as pessoas se inspirem nela e sintam que vale a pena fazer o bem e cuidar de quem mais precisa”, disse.

A missa das 8h30 foi presidida por Dom Marco Eugênio, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Salvador, e a celebração das 16h, por Dom Tommaso Cascianelli, bispo emérito de Irecê. Dom Tommasso conheceu Santa Dulce em vida e contou durante a missa sobre as visitas que fez à freira no hospital pouco antes de sua morte.

“Essa é uma data muito significativa, pois nos faz recordar a entrada de Santa Dulce na eternidade. Com um coração repleto de gratidão, recordamos a vida de nossa padroeira e pedimos a Deus a graça de passarmos esta vida fazendo o bem, como fez Santa Dulce dos Pobres”, explicou o reitor do Santuário Santa Dulce dos Pobres, frei Ícaro Rocha.

Para Maria Rita Pontes, sobrinha de Santa Dulce e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), o bem mais importante que a santa deixou foi o seu exemplo. "Ela deixa o legado de amar e servir, de uma pessoa dedicou a vida por uma causa. Desde a sua morte, todo dia 13 a gente faz essa celebração, procurando manter essa memória para que ela não seja esquecida", falou.

Santa Dulce faleceu aos 77 anos e foi canonizada quase três décadas depois, no dia 13 de outubro de 2019, se tornando a primeira santa brasileira.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela