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Motoristas de app relatam receio de passageiras após golpe e temem impactos na categoria

Suspeito que se utilizava da função de motorista de aplicativo aplicou golpe em pelo menos cinco vítima em Salvador

  • L
  • Larissa Almeida

Publicado em 27 de outubro de 2023 às 21:28

Delegada ainda aguarda posicionamento da empresa
Categoria teme que reputação de motoristas seja manchada Crédito: Shutterstock

Após o golpe aplicado por um suspeito que se utilizava da função de motorista do aplicativo Uber para sequestrar, ameaçar e roubar mulheres em Salvador, os motoristas do app relatam que os passageiros têm demonstrado receio ao pedir o serviço na plataforma.

Segundo o motorista Tiago Araújo, 38 anos, a demanda por viagens continua igual, mas as passageiras não têm escondido o temor. “Tudo continua normal, a diferença é que as pessoas ficaram realmente receosas e comentaram o fato. [...] O público feminino ficou extremamente receoso de estar se locomovendo através do aplicativo sozinhas e há um receio de que isso possa continuar acontecendo”, conta.

Valmir Souza, de 57 anos, atua como motorista de aplicativo há sete anos e também afirma que tem notada um receio maior nas passageiras. Ele preocupa que a classe inteira possa vir a sofrer consequências por conta dos episódios recentes. “Existem essas pessoas maldosas, infiltradas, que se fingem de motoristas, [...] mas não é toda hora que isso acontece. Não pode manchar toda a categoria por conta de uma pessoa só. Tem que investigar, pegar essa pessoa, levar aos policiais para prestar contas e para que ela não venha causar mais problemas aos usuários”, defende.

Nas redes sociais, Vinicius Passos, presidente da Cooperativa Mista de Motoristas por Aplicativo (Coopmap), repudiou as notícias veiculadas com os “adjetivos sequestrador, estuprador e ladrão” vinculadas à categoria dos motoristas e expôs a recusa da plataforma Uber em assinar um convênio com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) para cruzar dados dos usuários e motoristas no intuito de mapear, filtrar e localizar possíveis antecedentes criminais.

“A plataforma Uber, de forma negligente, nunca fechou esse convênio. Ela poderia muito bem aqui já ter se manifestado em público, mostrado o motorista e mostrado que está tomando alguma providência para isso, mas ela não faz. Nesse momento, o motorista por aplicativo vai ficar sendo taxado como marginal, sequestrador e estuprador. Nós não aceitamos isso”, enfatizou Vinicius.

O CORREIO entrou em contato com o Sindicato dos Motoristas por Aplicativos do Estado da Bahia (Simactter-BA) para obter posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até o prazo de fechamento desta reportagem.

Leia a nota da Uber na íntegra

“A Uber lamenta que cidadãos que desejam apenas se deslocar sejam vítimas da violência que permeia nossa sociedade. Esperamos que as autoridades possam identificar e responsabilizar o autor dos atos criminosos. A empresa permanece à disposição para auxiliar no curso das investigações, nos termos da lei. A conta do motorista parceiro utilizada foi desativada assim que a empresa tomou conhecimento do episódio.

Segurança é prioridade para a Uber e a empresa está sempre buscando, por meio da tecnologia, fazer da sua plataforma a mais segura possível, de uma forma escalável. Hoje uma viagem pelo aplicativo já inclui ferramentas de segurança antes, durante e depois de cada viagem, tanto para os usuários quanto para os motoristas parceiros.

Durante a viagem, o aplicativo conta com o botão Recursos de Segurança, que reúne funções de segurança da plataforma. O recurso, permite que usuários e motoristas parceiros possam compartilhar a sua localização e o tempo de chegada em tempo real com quem desejarem, além de oferecer a opção de ligar para a polícia em situações de risco ou emergência diretamente do app. Ao pressionar este botão, além de efetuar a ligação, o usuário será informado de sua localização atual e informações do veículo em viagem. No Rio de Janeiro, Maranhão e no Pará, esse recurso já foi integrado com o serviço 190 para que os operadores do serviço de emergência recebam automaticamente a localização em tempo real e os dados da viagem em que foi originada a chamada. O projeto reproduz uma integração que a Uber já faz com os serviços de atendimento a emergências em mais de 1.200 cidades dos Estados Unidos, além de diversos estados no México, África do Sul e Canadá.

Além disso, todos os parceiros cadastrados na Uber passam por uma checagem de apontamentos criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos para cadastramento na plataforma, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o país, em tempo real, em busca de apontamentos de crimes que possam ter sido cometidos. A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas parceiros já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses.”

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo