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A fala acontece após mais de 30 mortes em ações policiais na Bahia
Luana Lisboa
Publicado em 16 de agosto de 2023 às 21:27
O coronel comandante da Polícia Militar da Bahia defendeu, nesta quarta-feira (16), durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST (Movimento Sem Terra) que a posse de armas deve ser exclusiva dos profissionais da segurança pública.
"Defendemos que policial é um verdadeiro pacificador social, ele está presente para evitar que o conflito aumente", disse. A fala acontece após mais de 30 mortes em ações policiais na Bahia. "Não faço ressalvas a praticantes de tiro, mas defendo que a arma tem que estar nas mãos do agente de estado", finalizou.
Sobre as ocupações do MST, o coronel afirmou que não tem acontecido derramamento de sangue em nenhuma situação e que preza pela "preservação da vida".
"Não podemos admitir situação de barbárie em que seres humanos conflitam com armas e sem a presença do estado para fazer essa arbitragem", disse.
Até março deste ano, o Movimento já havia ocupado cinco fazendas nos municípios de Caravelas, Teixeira de Freitas, Mucuri e Jacobina.
Mortes em ações policiais
O registro de mortos pela Polícia Militar (PM) durante ações da corporação na Bahia chegou a 31 no período de apenas uma semana, de acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado e levantamento da reportagem em matérias publicadas no CORREIO.
Com 64 registros ao todo, em julho, a PM bateu o recorde de mortes em ações policiais desde que o Fogo Cruzado monitora a violência armada em Salvador e Região Metropolitana, em julho de 2022.
O segundo mês com mais mortes do tipo levantadas pelo instituto foi o de agosto do ano passado, quando 43 suspeitos morreram "em confronto".