DIA DO TRABALHADOR

Pagodão do Trabalhador: Adão Negro e Psirico animam celebração do 1º de Maio em Salvador

Evento aconteceu no Farol da Barra

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  • Raquel Brito

Publicado em 1 de maio de 2024 às 21:56

Ação aconteceu no Farol da Barra
Ação aconteceu no Farol da Barra Crédito: Paula Froes/CORREIO

A professora Cláudia Ramos, de 46 anos, contou os dias para o feriado de 1º de maio. Nesta quarta-feira, se deu ao luxo de dormir sem acionar o despertador e de sair para curtir a sua data: o Dia do Trabalhador. Foi na Barra que ela encontrou a celebração ideal, assistindo aos shows de Adão Negro e Psirico de forma gratuita.

“Um descanso é sempre bem-vindo. Quando é assim, então, curtindo ao lado dos meus parceiros de luta e aproveitando para pedir por condições melhores de trabalho, é unir o útil ao agradável”, defendeu Cláudia.

O evento, que reuniu trabalhadores de diversas categorias para comemorar seu dia, juntou reivindicações trabalhistas de praxe à diversão. Pela manhã, a programação contou com o treinão dos trabalhadores no circuito Barra-Ondina-Barra, além de atendimentos ao público com intermediação de mão-de-obra, oferta de serviços de saúde e documentação, atividades educativas, esportivas, culturais e de lazer.

A partir das 14h, foi a vez dos trios elétricos entrarem em cena. Com clássicos, como Botar Um, os reaggaemen do Adão Negro iniciaram os shows. Às 18h50, o grupo Psirico, de Marcio Victor, tomou conta do Farol com seu pagodão, fazendo o público cantar sucessos como Toda Boa e Lepo Lepo.

Pessoas de todas as idades ocuparam o largo do Farol da Barra. Com crianças nos ombros dos pais aos já aposentados, a festa foi completa. Entre aqueles que dançavam animadamente em frente ao trio, estava Jaqueline Silva, administradora de 45 anos. Com uma latinha de cerveja na mão, ela comemorou a chance de relaxar no meio da semana.

“Ouvi Psirico, ouvi Adão Negro, estou aqui tranquila, vendo os colegas falarem sobre os trabalhadores. Muitas pessoas se estressam tanto durante a semana, com o chefe, com os outros. Ouvir uma música boa, de qualidade e de graça, é uma terapia”, disse.

Jaqueline foi ao Farol com a amiga Laura Ferreira, de 67. Apesar de aposentada, Laura não deixa de participar dos atos de 1º de maio.

“Eu sempre venho, todos os anos. Acho muito importante discutir os direitos do trabalhador, até porque fui sindicalista por 25 anos”, afirmou ela, que foi metalúrgica por grande parte da sua vida.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro