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Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2023 às 16:27
"Ninguém faz nada sozinho, nós todos sabemos disso", este foi o principal recado de Paulo Cavalcanti em seu discurso de posse como presidente da Associação Comercial da Bahia, nesta segunda-feira (17), numa cerimônia bastante concorrida. Para Cavalcanti, o país vive uma crise séria, que só será superada pela participação de todos, disse durante o evento que marcou ainda os 212 anos de uma das mais tradicionais entidades representativas do setor produtivo no Brasil. >
Além de Cavalcanti, tomaram posse os demais integrantes da diretoria da ACB e do seu Conselho Superior. Empresário, advogado, escritor e ativista da função social da empresa, Paulo Cavalcanti destacou em seu discurso a necessidade do empresariado brasileiro se unir por mudanças no país. "Estamos vivendo uma crise séria e precisamos olhar isso de frente. Assim, conseguiremos mudar, estou falando de democracia participativa. Não adianta só exercer a escolha dos nossos representantes, o que já não é fácil. A nossa ideia é essa”, afirmou.>
“Não vamos transformar apenas falando. Como iremos exercitar? Vamos ocupar nossos espaços, nos preocupando com orçamento público, entendendo como vai ser, discutir o meio ambiente, o comércio, tudo isso de forma construtiva”, apontou.>
Cavalcanti destacou a importância de criar mecanismos para formalizar um número cada vez maior de empresas e empresários que atuam hoje na informalidade. “Queremos trazer para cá o empresário raiz, que é digno, correto, mas está informal. Precisa dar empréstimo, fazer ele se pertencer”, defendeu. >
O agora ex-presidente da ACB, Mário Dantas, também destacou o papel da união do empresariado em suas palavras. "É muito fácil quebrar um palito de fósforo, se ele estiver sozinho, mas quando são muitos reunidos, a tarefa é mais difícil. É o que nós precisamos ter em mente", comparou. >
Entre as autoridades que prestigiaram o evento, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, aproveitou para anunciar uma ação conjunta inédita entre a Secretaria da Fazenda (Sefaz) e a Procuradoria-Geral do Município (PGMS) que visa reduzir os litígios entre a administração municipal e empresas. >
O programa regulamenta, de forma excepcional, o artigo 26 do Código Tributário e de Rendas do Município de Salvador e permite que empresas que estejam em disputas judiciais com o fisco quitem seus débitos, com a exclusão de até 100% da multa e juros de mora - além da redução e parcelamento de honorários.>
“Existem dívidas do passado que estão lá em diversas querelas judiciais, que se arrastam há muito tempo no Poder Judiciário. Agora, (as empresas) vão poder fazer a negociação direto com a Prefeitura, fazer a transação com juros zero, multa zero e ainda com a redução dos honorários advocatícios. Isso vai permitir que diversas empresas possam se regularizar”, afirmou o prefeito.>
Serão consideradas as dívidas referentes aos processos fiscais administrativos ou judiciais até dezembro de 2022. O prazo para solicitar a adesão será de até 90 dias após a publicação do decreto no Diário Oficial do Município (DOM).>
O prefeito ainda assinou um decreto que altera a categoria de risco de produção de diversos setores, facilitando a licença para as atividades. “São mais 159 atividades que passam agora a ter licenciamento automático, passam a ter autorização de imediato para o funcionamento. Com isso, nós vamos chegar a 560 atividades que têm agora o licenciamento simplificado”, afirmou.>
Com as duas medidas, o prefeito destacou que o objetivo é melhorar ainda mais o ambiente de negócios na capital baiana. “São dois decretos importantes para a gente seguir nessa luta que é melhorar o ambiente de negócios, para estimular ainda mais o setor produtivo e econômico da nossa cidade”, salientou.>
Bruno Reis destacou também que as parcerias entre a Prefeitura e a ACB terão continuidade. “A Prefeitura e a nossa cidade se colocam à disposição para construir novas parcerias, novos projetos em conjunto, para que a gente possa ajudar a nossa sociedade a se desenvolver mais ainda. Nós acreditamos que o maior programa social de qualquer governo é desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda e de oportunidades”, frisou.>