Operação El Patron

Político e PMs são alvos em operação contra grupo miliciano em Feira de Santana

Operação da Polícia Federal foi deflagrada nesta quinta-feira (7)

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  • Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2023 às 07:55

Operação em Feira de Santana
Operação em Feira de Santana Crédito: Divulgação/Polícia Federal

Uma grande operação contra um grupo miliciano foi deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (7), em Feira de Santana. O grupo é especializado em lavagem de dinheiro de jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada. Um político, que tem foro privilegiado, e policiais militares fazem parte da organização criminosa.

Segundo a PF, foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. Os mandados da Operação El Patron foram expedidos pelo Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana.

A investigação começou apóso Ministério Público do estado da Bahia enviar um ofício à PF sobre os crimes que estavam acontecendo em Feira e região. Com o avanço das investigaçõs, a polícia identificou elementos que revelaram a participação dos indiciados num grupo miliciano e evidenciaram parte de sua estrutura, inclusive o seu poderio econômico.

Relatórios da Receita Federal, em cumprimento à ordem judicial, apontaram inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, bem como propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.

Um político, que tem foro privilegiado, e policiais militares fazem parte da organização criminosa. Os PMs fazem parte do braço armado do grupo miliciano, cujas atribuições seriam de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos.

A deflagração da operação contou com o apoio do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT), Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO) e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil da Bahia (CORE).

Segundo a PF, a investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.