Posto no Ogunjá vai vender GNV por R$2,85 nesta quinta (24)

Ação faz parte da campanha contra a privatização da Bahiagás

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  • Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2023 às 20:09

Gás será vendido com preço menor
Gás será vendido com preço menor Crédito: Divulgação

A partir das 7h desta quinta-feira (24), o posto Sogás, situado na Avenida General Graça Lessa, no Ogunjá, vai vender o Gás Natural Veicular (GNV) por R$2,85 para os primeiros 400 veículos que comparecerem ao local. A ação de redução do preço do GNV integra a campanha contra a privatização da Bahiagás. Integrantes da categoria e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria, Química, Petroquímica, Plástica, Farmacêutica do Estado (Sindiquímica) acreditam que, se a Bahiagás for privatizada, o preço do gás vai aumentar.

A bomba do GNV atualmente custa, em média, R$4,14. Com a redução de mais de R$1,20 por metro cúbico, é esperado que sejam comercializados 4 mil metros cúbicos de GNV.

Diretor do Sindiquímica e da Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT-BA), Alfredo Santos ressalta a importância da ação. "O principal objetivo é justamente chamar a atenção para uma tentativa de privatização que parece estar correndo totalmente nos bastidores da política baiana. [...] Saiu um edital que falava de desestatização da Bahiagás. Um consórcio, ligado ao grupo Genial venceu e já conduz os estudos para uma possível privatização da empresa. É o mesmo grupo que conduziu a privatização da Eletrobrás e está conduzindo o da Copel", aponta.

Os trabalhadores cobram do atual governo da Bahia, que é sócio majoritário e administra a empresa de economia mista, uma demonstração de que realmente é contra a privatização, fazendo o imediato distrato com o grupo Genial, que tem contrato para realizar estudos sobre viabilidade da venda da empresa. Além disso, cobram a revogação da Lei Estadual nº 7.029 de 1997, que autoriza o Poder Executivo a promover a desestatização da Companhia.

"A Bahiagás é dos baianos. Uma companhia que desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e na infraestrutura energética do estado não pode sair do controle do estado. Não podemos perdê-la para privatização”, finaliza Alfredo Santos.

Procurada, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE-BA) não conseguiu enviar as respostas até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.