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Precisa de renda extra? Reforço escolar é opção de trabalho para universitários

Algumas das principais empresas do ramo foram fundadas por ex-estudantes

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 20 de janeiro de 2024 às 05:00

Fundada por ex-estudantes da USP, a Monitorias Reforço Escolar tem 110 unidades hoje
Fundada por ex-estudantes da USP, a Monitorias Reforço Escolar tem 110 unidades hoje Crédito: Divulgação

No R4 Reforço Escolar, a busca das famílias começa no 9º ano do Ensino Fundamental. Por ser porta de entrada para o Ensino Médio, é comum que estudantes busquem recuperar mais a base de matérias como Matemática. "Quando o aluno chega no Fundamental, a gente consegue recuperar essa base com muita tranquilidade. O difícil não é explicar logaritmo, o difícil é explicar logaritmo quando o aluno não sabe somar", explica o CEO do curso, Raphael Lyrio.

Hoje, são três unidades físicas do curso em Salvador. A quarta, porém, será inaugurada este ano, no bairro de Alphaville. Os números crescem a cada ano: enquanto no fim de 2022, tinham 248 alunos, fecharam 2023 com 600 - um aumento de 141%. Para isso, também passaram de 20 para 28 professores.

Todas as salas têm iPad e televisão, com máximo de quatro alunos. Tudo que o professor faz no tablet é exibido no televisor. A metodologia foi pensada para unir a tecnologia ao objetivo dos estudantes, especialmente pela familiaridade que os mais novos têm com plataformas como YouTube e TikTok. Além disso, um dos diferenciais é a ida do aluno ao local das aulas - não do professor.

"Essa estratégia começou porque eu sempre gostei de videoaula, mas sentia necessidade de ter um professor para tirar as dúvidas da videoaula. Eu sempre falo que o R4 são videoaulas presenciais, porque o professor está do seu lado".

O valor da hora aula de 50 minutos é R$90. Com desconto progressivo pela frequência, a mensalidade dos alunos fica entre R$400 e R$700. Para Lyrio, dar aulas de reforço escolar é um dos melhores trabalhos para estudantes universitários que precisam de uma renda. Na época em que começou, ele tentou ser atendente de telemarketing e até trabalhar em shopping center, antes que um amigo fizesse a sugestão.

"Após isso, o negócio foi crescendo. Antes, era só Raphael (pessoa física), depois foi expandindo para outros amigos. Foi um crescimento muito bacana", completa. O faturamento mensal é variável, dependendo da quantidade de aulas dos alunos - que não é fixa.

A possibilidade de renda extra também foi o que motivou o surgimento da Monitorias Reforço Escolar, como explica a co-fundadora Carolinne Coutinho. Quando eram estudantes de licenciatura, ela e o CEO da empresa, Rafael Leonardo Rocha, perceberam que dar aulas particulares a crianças trazia a possibilidade de retorno financeiro.

Com o esforço dos dois para profissionalizar, a empresa começou a crescer a cada ano. Atualmente, são atendidos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental até o terceiro ano do Ensino Médio. No início, era da forma tradicional, com aulas em domicílio. No entanto a pandemia, ir às casas deixou de ser uma opção e as aulas passaram a ser feitas de forma online.

"A gente se perguntou: como a gente vai para o online sem perder a qualidade do atendimento? A gente viu que as escolas também transferiram para o online, mas os alunos não estavam conseguindo aprender de forma concreta. A gente precisava partir de algo diferente", conta Carolinne.

Assim, eles buscaram montar aulas personalizadas, a partir de uma anamnese com cada aluno, com o objetivo de entender as dificuldades de cada um. Não são vendidas aulas avulsas, mas o pacote com quatro aulas fica por R$297. Desde 2019, a Monitorias tem franqueados. Entrar nesse novo modelo foi praticamente uma consequência natural da ampliação constante.

As franquias seguem o mesmo formato online e atendem regiões específicas, mas a contratação dos professores ainda fica a cargo da matriz. Hoje, são cerca de 300 ativos, mas a lista de cadastrados passa de quatro mil. Eles estão até em outros países, como Chile, Portugal e Canadá. "Isso permite que a gente mantenha a qualidade dos professores e faz com que as franquias não tenham que se preocupar com a seleção", acrescenta Carolinne. Assim, a previsão de faturamento chega a R$ 5 milhões em 2024.

Uma alternativa para quem quer começar a dar aulas de reforço escolar por conta própria e ainda não tem alunos é oferecer o serviço em plataformas especializadas em aulas particulares. Alguns exemplos disponíveis no Brasil são a SuperProf e a Profes.