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Propaganda enganosa: clientes denunciam que mercados não oferecem preços anunciados

Consumidores buscam valores mais em conta nesta sexta-feira (29)

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 10:38

Clientes aproveitaram para encher os carrinhos
Clientes aproveitaram para encher os carrinhos Crédito: Maysa Polcri/CORREIO

Os carrinhos de supermercado estão até cheios na manhã desta sexta-feira (29), quando acontece a Black Friday. Mas se engana quem pensa que os clientes de Salvador estão satisfeitos. Boa parte dos consumidores que saíram de casa em busca de promoções se decepcionou quando viu os preços nas prateleiras.

Caso de Cristiane Queiroz, que esperava encontrar a placa de ovos por um preço mais barato. "Vim pensando que iria economizar, mas achei os preços praticamente a mesma coisa. A placa de ovos está custando R$ 18, o preço de sempre", comentou, enquanto aguardava na fila de um supermercado em Pernambués. A exceção foi uma marca de água sanitária, que estava custando R$ 2,59. Ela aproveitou para levar seis unidades.

Além da expectativa frustrada, outro problema tem acontecido em supermercados da capital. Clientes encontram preços diferentes do divulgado nos canais oficiais dos estabelecimentos. Foi o que aconteceu com Joseane Nascimento, que acordou cedo para fazer compras em um supermercado de Pernambués, bairro onde mora.

Apesar de ter sido divulgado que o pacote com 30 fraldas estaria custando R$ 29,90 na Black Friday, o preço na prateleira era de R$ 49,90. A cliente reclamou, no caixa, e conseguiu levar o preço mais barato. "Se a gente não ficar ligado, eles passam a perna", comentou. Outro cliente não teve a mesma esperteza e só soube da promoção depois de comprar o produto. 

Por conta da alteração do valor, a compra atrasou e a fila cresceu. Uma funcionária do supermercado confirmou que o problema tem sido recorrente nesta sexta-feira (29). "Vários produtos estão com preços diferentes. O sistema não está atualizado, aí dá esse problema", falou.

Em outro supermercado, Decanayte Leão, 63, também se decepcionou com os preços encontrados. "Promoção mesmo, não vi. Achei tudo caro, o mesmo preço de sempre", disse ela, que, mesmo assim, encheu o carrinho de compras. "Eu já planejava fazer uma compra grande hoje, e agora não compensa sair daqui", explicou.

Nos shoppings centers de Salvador, o movimento foi tranquilo na manhã desta sexta-feira (29). Diferente de anos anteriores, não houve registro de confusões na abertura dos estabelecimentos. 

Estabelecimentos autuados 

A Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon) autuou, na sexta-feira (29), 12 estabelecimentos por publicidade enganosa. O valor da multa pode chegar a R$ 9 milhões. As notificações foram emitidas após a constatação de que alguns produtos estavam com preços mais altos durante a ação promocional, embora fossem sinalizados com adesivos de desconto, o que viola as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

“Identificamos aumentos de até 15% nos preços dos mesmos produtos monitorados há mais de um mês, que estavam sendo anunciados como promocionais. Trata-se de uma tentativa de enganar o consumidor para obter vantagem indevida. Autuamos os estabelecimentos e exigimos a correção imediata das etiquetas", explica Talita Vilarinho, diretora-geral da Codecon. 

Os agentes de fiscalização verificaram os produtos monitorados e atenderam às denúncias recebidas. Durante a operação, os preços foram comparados para garantir que os produtos com adesivos promocionais realmente apresentassem descontos.

Além disso, os agentes verificaram a correta exposição dos preços, higiene dos estabelecimentos, cumprimento das ofertas e o atendimento às demais normas do Código de Defesa do Consumidor. 

Os consumidores podem acionar a Codecon através do aplicativo Codecon Mobile, site, ou pela central telefônica 156. A Central Municipal de Atendimento ao Consumidor funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto em feriados, na Rua Chile, nº 3, Centro.