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“Qualquer valor que eu conseguir negociar será um lucro”, diz consumidora na fila do Serasa

Feirão Serasa Limpa Nome teve início nesta terça-feira (7) e vai até sábado (11)

  • R
  • Raquel Brito

Publicado em 8 de novembro de 2023 às 06:00

Feirão teve início nesta terça-feira (7)
Feirão teve início nesta terça-feira (7) Crédito: Paula Froes/CORREIO

Para Andreza Barbosa, maquiadora de 24 anos, seu erro foi amar demais. A jovem, que tinha um relacionamento no qual os dois dividiam objetos e custos, ficou responsável por todas as despesas quando veio a separação. Hoje, com o nome negativado pelas despesas do ex-companheiro, ela tenta uma negociação do valor no Feirão Limpa Nome.

“Ele colocou até uma empresa no meu nome. Agora, ele diz que quando estiver melhor financeiramente vai me ajudar, mas já comprou uma casa e dois carros e ainda não me ajudou”, conta.

Andreza foi uma das centenas de pessoas que compareceram ao Feirão Serasa Limpa Nome ainda no primeiro dia, nesta terça-feira (7), na Praça Irmã Dulce, na Cidade Baixa. Com negociações de dívidas que podem chegar a até 99% de desconto, o feirão conta com 500 empresas participantes e vai até sábado (11).

Aline Maciel, gerente da Serasa, afirma que o propósito do evento é trazer para os consumidores a oportunidade de negociar e tirar dúvidas presencialmente. “Aqui, nós temos os mesmos descontos, as mesmas condições do nosso aplicativo e do site. O feirão acontece porque, às vezes, as pessoas não têm acesso à internet ou têm muitas dúvidas. O nosso propósito é trazer conhecimento e educação financeira para os consumidores, para apoiá-los nas negociações”, diz.

Um dos consumidores desabituados à internet é Carlos Augusto de Queiroz, de 70 anos, que tocou o sino de quitação de dívidas do evento. Por muito tempo, o idoso ligou para a empresa de sua dívida para tentar entender como resolver o problema, ao que lhe diziam para resolver por e-mail. Entretanto, a dúvida sempre ficava na mente de Carlos Augusto: e o que é e-mail?

Pessoalmente, conseguiu diminuir a dívida de R$16.000 para R$45,90. “Estava há mais de dez anos. Era uma dívida de materiais de construção que eu comprei no cartão de crédito há muito tempo. Consegui resolver, finalmente”, afirma.

Para Priscila Regina, técnica de enfermagem de 32 anos que esperava na chuva a sua vez de tentar a negociação, a situação foi diferente. Com o projeto de tornar-se cuidadora de idosos de forma autônoma, abriu um cadastro de Microempreendedor Individual (MEI), mas não sabia que precisava pagar um valor mensalmente para mantê-lo.

“A dívida já deve estar em torno de dois mil reais. Eu vou me aventurar, ver o melhor acordo possível. Não sei quanto vai dar, mas qualquer valor que conseguir negociar já será um lucro”, torce.

Já Reinaldo Santos, professor e produtor de carteirinhas estudantis, sonha em ter uma casa própria. Para isso, precisa de um empréstimo, o que exige que seu nome esteja limpo. Desde 2020, entretanto, esse não é o caso. Durante a pandemia, com as escolas fechadas e sem encomendas de carteirinhas, Reinaldo não conseguia lucrar. “Eu gastei tudo que eu tinha. Comecei a comprar coisas para me manter, mas não tinha como pagar. Hoje, fui limpar meu nome, para poder aumentar o score e ter minha independência financeira”, conta.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro