Refinarias clandestinas atuam há mais de 20 anos na RMS, aponta polícia

A operação apreendeu aproximadamente 600 mil litros de combustível, avaliado em mais de R$ 3 milhões

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Publicado em 28 de maio de 2024 às 13:10

Refinarias clandestinas atuam há mais de 20 na RMS, aponta polícia
Refinarias clandestinas atuam há mais de 20 na RMS, aponta polícia Crédito: Divulgação - Ascom/PC

Na segunda-feira (27), a Polícia Civil, através do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), desarticulou um laboratório, depósito e distribuidora de combustíveis adulterados, mantidos em um galpão no município de Dias d’ Ávila. 

De acordo com o coordenador do Depom, Nilton Tormes, é possível que há mais de 20 anos esses fatos estejam acontecendo na Bahia. "Não necessariamente nesse mesmo local, mas existem pessoas que sobrevivem disso", disse.

A operação apreendeu aproximadamente 600 mil litros de combustível, avaliado em mais de R$ 3 milhões. No depósito, foram encontrados diesel S10, etanol e petróleo bruto, que era transformado em combustível.

"Nós identificamos que havia petróleo bruto dentro da refinaria clandestina que eles transformavam em combustível. Isso requer uma expertise, um conhecimento técnico, uma habilidade, possivelmente de um químico que estaria auxiliando essa ação criminosa para que esse combustível fosse comercializado no mercado de maneira ilegal", continuou Tormes.

Investigação

De acordo com o delegado titular da 20ª DT, Marcos Laranjeira, houve dois registros de ocorrência por furto qualificado na cidade de Candeias. Imediatamente, foram iniciadas as investigações que resultaram na recuperação do combustível. Dois membros da quadrilha foram presos, o gerente e outra pessoas que ajudava na logística do acondicionamento do produto.

"As investigações estão bem evoluídas e, em breve, nós iremos prender todos os membros da quadrilha para que a gente possa inibir esse tipo de delito na região metropolitana. Diversos membros ainda estão sob investigação, mas como o inquérito está tramitando em segredo de justiça, não podemos ventilar para não dificultar as investigações", disse.