Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Rinoplastia étnica: cirurgia do nariz é a mais comum na Bahia, afirma especialista

Procedimento foi tema de painel no 53º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, que teve início nesta quinta-feira (30)

  • D
  • Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2023 às 09:00

Tema foi abordado no 53º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
Tema foi abordado no 53º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Crédito: Divulgação/ABORL

Entre os procedimentos estéticos mais procurados, a rinoplastia se mantém no pódio. De acordo com o relatório anual da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), divulgado em janeiro deste ano, a rinoplastia está entre os cinco procedimentos mais populares em 2021. Naquele ano, assim como em 2020, o Brasil foi o país que mais realizou esse tipo de procedimento.

A rinoplastia é a cirurgia plástica que remodela e modifica a forma do nariz, seja aumentando-o, reduzindo-o ou alterando o seu formato, para deixá-lo mais harmônico com relação à face. Além disso, faz parte também de procedimentos que envolvem técnicas para melhorar a respiração, como em pacientes que necessitam fazer a correção dos desvios do septo nasal ou a redução dos cornetos nasais - popularmente conhecidos como carne esponjosa.

Na Bahia, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF),  José Parisi Jurado, o tipo mais comum de rinoplastia é a étnica, que acontece quando pacientes querem fazer alguma mudança em traços étnicos da região nasal.

“Uma boa parte da população aqui tem origem africana. Entre as características da pele dos países da África, estão a pele mais espessa, que tem a característica de ser mais grossa do que as pessoas com característica europeia, por exemplo. E a segunda coisa é que os narizes são mais largos e menos projetados, como a gente chama. Essas características específicas fazem com que essas pessoas necessitem de cirurgias com características diferentes da convencional. Os cirurgiões daqui estão bem preparados para esse tipo de nariz, que é o que mais se encontra no estado”, afirma.

Em 2021, foram feitas 78.720 cirurgias dessa categoria, segundo o ranking que avaliou 10 países, entre eles Estados Unidos, Turquia e México. Em todo o mundo, foram mais de 995.149 rinoplastias, um aumento de 16,7% quando comparado a 2020, segundo a ISAPS.

Segundo Jurado, a rinoplastia é hoje a segunda cirurgia mais procurada no país, atrás apenas da lipoaspiração. Ele explica que o crescimento dessa busca se deu com o início da pandemia, quando as pessoas passaram a se comunicar mais por videochamada. A câmera do celular pode distorcer a imagem, achatando ou afinando o rosto, por exemplo.

"Se você usa uma câmera frontal, ela fica muito perto da face e a porção central fica ampliada em relação à porção mais periférica do rosto. As pessoas, se enxergando de forma diferente, procuram mais pela cirurgia de rinoplastia”, diz o especialista.

A rinoplastia foi um dos temas abordados no 53º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, que começou nesta quinta-feira (30) e segue até sábado (2), no Centro de Convenções, em Salvador. É a terceira vez que a capital baiana sedia o evento, após as edições de 1948 e 2006.

Mudança de voz em pessoas trans também foi tema

Entre os tópicos dos painéis do Congresso, estiveram também os procedimentos para alteração de voz em pessoas transgênero. A mesa foi mediada pelo médico otorrinolaringologista Geraldo Druck.

Para o especialista, é essencial abordar o assunto em congressos, de forma a amplificar o aspecto social desses procedimentos. “No processo de transformação, uma das maiores identidades que é percebida é a nossa voz. Essa é uma situação que está cada vez mais comum, tem um impacto na área da saúde e nós precisamos nos atualizar para dar soluções”, diz.

Segundo Druck, existem diversos processos para tornar essa transformação possível. Para homens trans, ele explica que os tratamentos hormonais são suficientes, com auxílio de fonoaudiólogos. Já para mulheres trans, os melhores resultados para feminilizar a voz vêm através de cirurgia.

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo.