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Larissa Almeida
Publicado em 14 de maio de 2024 às 05:30
Os estudantes que desejam ingressar no Ensino Superior já podem marcar no calendário os dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024: 3 e 10 de novembro. Nessas duas datas, eles vão ser avaliados com base nos conhecimentos adquiridos durante a educação básica, sendo este requisito essencial para concorrer a uma vaga em uma universidade pública pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou para ter acesso a programas de financiamento estudantil – Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) – caso passe em uma universidade privada e cumpra as condições socioeconômicas de cada um deles. As inscrições começam no dia 27 de maio e vão até o dia 7 de junho, pelo site do Inep. A taxa de inscrição é de R$ 85 e deve ser paga até o dia 12 de junho.>
eja qual for o objetivo do candidato, desta semana até a primeira prova são quase seis meses de estudos que podem ser aproveitados seguindo um planejamento adequado a fim de que os candidatos se bem no exame. O estudante Matheus Santos, ex-aluno do Curso Análise Pré-Enem, afirma que o período é ideal para estudar por meio de questões de provas antigas, além de cumprir um planejamento que priorize as áreas do conhecimento que valem mais peso no curso e faculdade escolhidos. >
A recomendação do estudante não se difere dos conselhos dados pelos especialistas ouvidos pela reportagem. De acordo com Raimundo Castilho, diretor do Bernoulli situado na Pituba, o primeiro passo que o candidato deve tomar é resolver provas antigas do Enem para obter um diagnóstico de como está sua situação. >
“É preciso fazer a última prova ou alguma prova do Enem para saber quais os pontos que precisa melhorar. Depois, o aluno precisa se concentrar em dois pontos: naquelas questões que caem mais e saber os assuntos que têm dificuldade. Nesse período, é preciso priorizar os estudos e fazer um planejamento. Por exemplo, ele pode estudar uma disciplina por semana e, de acordo com o tempo que tem, fazer questões. Mas é importante não só realizar questões, mas ter o feedback delas para saber quais foram aquelas que teve erro”, pontua. >
Ao identificar o assunto que tem mais dificuldade, é preciso avaliar se vale mesmo a pena fazer uma revisão extensa. “Isso implica olhar para cada uma das disciplinas e, em geral, para cada uma das áreas dos conhecimentos, mapear o que costuma ser mais cobrado e é recomendado que inicie pelo estudo desses assuntos. Se o curso que o aluno quer tem um peso maior na área de Ciências da Natureza, e se ele não tem um bom desempenho nessas disciplinas, é importante estudar um pouco mais. O planejamento precisa levar em consideração o tempo disponível para o estudo, a distribuição entre as diferentes disciplinas, além de considerar o que tem um peso maior no curso ou universidade escolhida”, frisa Maria Catarina Bozio, coordenadora pedagógica do Poliedro. >
No que diz respeito à prova de Redação, a mais temida pelos estudantes, vale praticar duas vezes na semana. Dessa forma, pelo menos 45 textos dissertativos-argumentativos podem ser elaborados pelos candidatos para que exercitem suas habilidades. “O mais importante não é fazer redação para cumprir tabela, mas fazer redação como se fosse o dia D e a hora H, como se naquele momento que estiver treinando fosse o dia 3 de novembro”, orienta Sidinéia Azevedo, professora de Redação e Língua Portuguesa do Bernoulli. >
Para Naíce Oliveira, diretora pedagógica da rede Os Aprovados, também é de fundamental importância que os alunos sejam acompanhados continuamente por seus professores. “O ideal é que o aluno faça uma redação e uma reescrita, e que tenha um professor ou professora de Redação de confiança para a correção. Só o treino não é suficiente se o candidato não tiver devolutivas do seu desempenho, visto que cada banca tem um perfil e uma forma única de cobrar a tipologia dissertativo-argumentativa", defende. >
Para os alunos que estão matriculados em cursos preparatórios, a recomendação é de que, no turno oposto, sejam reservadas quatro horas para a resolução de questões. Se houver tempo dentro do cronograma de estudos, Raimundo Castilho indica o desenvolvimento de técnicas e estratégias para resolução da prova, como gerenciamento de tempo e ‘chute’ de alternativas. >
Por outro lado, se o aluno tiver tempo reduzido para os estudos e ainda assim tiver necessidade de se aprofundar em alguns assuntos, Naíce Oliveira aconselha que sejam estudados temas do campo de Matemática e Redação, áreas que costumam alavancar as notas. Em Matemática, assuntos como Geometria, Equação de Primeiro Grau e Equação de Segundo Grau, Escalas, Razão e Proporção, Grandezas Proporcionais e médias algébricas, e Aritmética são fundamentais. Já em Redação, é recomendada a criação de um Projeto de Texto, que consiste em construir um modelo do texto dissertativo-argumentativo.>
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro>