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Wendel de Novais
Publicado em 8 de julho de 2025 às 09:14
Os quatros presos que fugiram do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, são considerados indivíduos de alta periculosidade. Os fugitivos, que cavaram um buraco na cela para conseguir escapar na madrugada de segunda-feira (7), foram presos por crimes como homicídio, tráfico e estupro. >
Um deles é Felipe de Freitas Lima, que estava preso após ser acusado, em 2019 com outros sete comparsas, de um homicídio qualificado e por ser encontrado com drogas para tráfico. Gilmar Rodrigues de Souza, outro fugitivo, tem diversas passagens pelos crimes de tráfico e por homicídios no extremo sul. >
O terceiro fugitivo é Paulo Sérgio Gomes Cardoso, preso desde 2019 depois de executar um homem por conta de uma disputa territorial entre grupos criminosos na cidade de Prado. Já Joales Jesus de Souza, o quarto e último fugitivo, estava preso desde o ano em de 2014, quando foi denunciado por crime de estupro em Teixeira de Freitas. >
Uma fonte policial da região conta que, dentre eles, GIlmar é o mais perigoso, sendo líder de facção e tendo vinculação antiga com o Primeiro Comando da Capital (PCC). "Gilmar é velho conhecido. Está preso nessa ultima vez desde janeiro 2017. Já esteve na prisão de segurança máxima por duas temporadas. Possuía atuação relevante no tráfico de drogas no município de Nova Viçosa-BA. Tinha voltado recentemente para o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas", relata a fonte, que pede para não ser identificada. >
De acordo com informações da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), os homens conseguiram escapar da prisão através de um buraco cavado na parede da cela. Não há detalhes, no entanto, sobre como esse buraco foi feito e que ferramentas foram usadas pelos detentos na ação. >
Detentos que fugiram de presídio em Teixeira de Freitas
Em novembro de 2024, uma operação deflagrada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) apreendeu 57 celulares, 22 armas brancas, além de sete carregadores no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas. >
Buscas foram realizadas em 58 das 65 celas em funcionamento, e mais de 500 custodiados foram revistados. Em meio à operação, o então diretor da penitenciária, Rodrigo Tavares Figueiredo Costa, foi exonerado do cargo. Ao CORREIO, ele justificou que a saída da posição foi um pedido feito por ele, relacionado a questões pessoas. >